A azáfama das compras de Natal e final de ano estão à porta, uns aproveitaram as promoções da Black Friday para comprar presentes e os preparos da ceia, outros ainda estão à espera do “décimo terceiro”, o que não existe para a maioria. Nas ruas do Platô, por exemplo, o movimento ainda está tímido, mas os comerciantes e rabidantes estão confiantes que isso mudará nos próximos dias. Quanto às festas, na capital há muitas e para todos os gostos e bolsos.
Numa ronda pelas ruas e lojas da Capital, o A Nação pode constatar que apesar do aproximar da véspera de Natal o movimento ainda está um bocado aquém do esperado pelos comerciantes e rabidantes e mesmo de alguns consumidores.
No entanto, e como a palavra de ordem é economizar, alguns consumidores abordados disseram que aproveitaram “ao máximo” os descontos da Black Friday para comprar o necessário para a ceia de Natal e alguns presentes “só para os mais pequenos”.
E falando em ceia, outra observação, muito apontada pelas pessoas, é o aumento do preço do bacalhau, que até escasseia. O bacalhau seco graúdo, por exemplo, pode ser encontrado em algumas lojas por cerca de 2,500 escudos e em alguns casos até três mil escudos ou mais.
Um preço que para muitos é impraticável, em muitos casos, já levou à substituição do “habitué” na ceia. O frango assado acaba por ser uma saída para muitas mesas nacionais.
Emigrantes
Já se começa a sentir, também, a chegada de muitos emigrantes à ilha de Santiago e a Cabo Verde vindos da Europa, mas também dos Estados Unidos da América (EUA), para virem passar o Natal e o fim de ano com os familiares.
O ambiente nas ruas da capital, agora toda vestida com a iluminação natalina, ainda está bastante calmo, mas os comerciantes e rabidantes anseiam para que isso mude e para que as pessoas façam mais compras.
Compras de roupas
Na zona de Ponta Bélem, a rabidante Elisangela Fernandes reclamou da falta de afluência de clientes, que como afirmou “ano passado por esta altura o movimento estava melhor, já tinha feito boas vendas”.
Já Domingas Tavares, que vive do negócio de venda de roupas na Ponta Belém há 10 naos, diz que, ao contrário do ano transato, este ano ainda não comprou um “bidão” específico para a época festiva.
Tudo para a última da hora
Para ela o movimento está “mais ou menos” mas diz que ainda é cedo e que os cabo-verdianos gostam de deixar tudo para a última hora.
Quando questionada sobre as compras do seu Natal, Domingas diz que já estão “meio feitas”, mas não gastou nem vai gastar muito dinheiro e passará a ceia no interior da ilha de Santiago, com a família, porque a palavra de ordem é poupar e janeiro é “grandi”.
Quanto aos presentes, as duas disserem que compraram só para os mais próximos e tentaram não gastar muito. Um ponto que sublinharam em uníssono é que as vendas de roupa estão piorando a cada ano e é mais difícil viver do negócio desta forma.
Capital das festas
Nesta época o que não falta são festas e locais onde se divertir, na Capital, o calendário das festas feitas pelos promotores da Praia já começou e vai até meados de janeiro.
A Câmara Municipal da Praia, organiza a habitual Noite Branca, que começa hoje, 21, às 17h30, no Platô.
Já para quem visita a capital por estes dias, festas não faltam, como por exemplo:
O Sunset, dia 21; Txuputin Nkontou, dia 24; show Nu Ka Sta Para, dia 25; Kintas Kentes, dia 26; SomCloud, dia 26; International X Cabo Verde, dia 26; Mega Badju Kanekinha, dia 27; Show dos 40 – Takanka Djaz, dia 27; I Love Cabo Verde, dia 28; Princezito Tour Infinito, dia 28; Black on Black, dia 30; Aloha, dia 31; Réveillon 2025, dia 31; Radora, dia 31; First Call, dia 1 de janeiro; Palmares in Praia, dia 3 de janeiro; Escape Winter, dia 4 de janeiro; Calema Tour Voyage, dia 4 de janeiro, entre tantos outros, somente na capital.
