Hoje, quarta-feira, 9 de outubro, é dia de eleições gerais de Moçambique, que incluem presidenciais, legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais. Mais de 17 milhões de eleitores são chamados às urnas. As mesas de voto abriram às 7h em Moçambique e encerram às 18h no país e 21h na diáspora.
Mais de 17 milhões de eleitores são chamados às urnas, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro para escolher o Presidente da República, as assembleias provinciais e respectivos governadores, bem como 250 deputados da Assembleia da República.
Na corrida à presidência estão quatro candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, no poder; Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, principal partido de oposição; Lutero Simango, apoiado pelo MDM, terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos, sem representação parlamentar.
O actual Presidente da República, Filipe Nyusi, não vai concorrer no escrutínio, por já ter atingido o limite constitucional de dois mandatos.
11.516 observadores nacionais e 412 observadores internacionais
Para acompanhar estas eleições há 11.516 observadores nacionais e 412 observadores internacionais, incluindo Missões de Observação Eleitoral da União Europeia, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, entre outras organizações.
Na observação do escrutínio, há organizações da sociedade civil, como o Consórcio Eleitoral Mais Integridade, que mobilizou 1250 observadores para todo o território, a Sala da Paz com cerca de 500 observadores, a plataforma “Decide”, com previsão de 400 observadores, e a Mais Transparência com 250.
8.737 locais de voto em Moçambique
Há mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país e fora do país. Em Moçambique, no dia da votação, vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334, correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto em território nacional e 602 assembleias no exterior, cada uma com sete elementos.
O presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique, Carlos Matsinhe, pediu, na véspera, aos eleitores para não ficarem nas assembleias depois da votação. Em causa, o apelo de um dos candidatos presidenciais, cuja frase “votou, sentou” foi repetida em várias acções de campanha para que os eleitores permaneçam nas assembleias de voto e vigiem o escrutínio.
Proibições
O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral proibiu o uso de telemóvel, máquinas fotográficas, carteiras e mochilas nas cabines de voto, bem como o “porte de carteiras, mochilas e outros objectos similares, durante as operações eleitorais, por parte dos sete membros da mesa da assembleia de voto”.
As urnas fecham às 18h locais e depois começa o apuramento parcial. A publicação dos resultados pela Comissão Nacional de Eleições, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional.
C/ RFI