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Senegal: Jornalista Cheikh Yerim Seck interrogado e detido pela polícia

O jornalista e analista político senegalês Cheikh Yerim Seck foi intimado e interrogado pela divisão de crimes cibernéticos da polícia no dia 1 de outubro, às 15 horas, sendo posteriormente detido em razão de comentários feitos durante uma transmissão no canal de televisão privado 7TV. 

A detenção gerou uma onda de protestos, com a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) unindo-se à Coordenação das Associações de Imprensa (CAP) e à União dos Profissionais de Informação e Comunicação do Senegal (SYNPICS) para condenar o ato como uma prisão arbitrária e exigir a libertação imediata de Seck.

De acordo com um comunicado emitido pela CAP, o jornalista enfrenta acusações de “divulgação de notícias falsas e difamação”. As acusações surgiram após suas declarações na 7 TV, onde questionou a veracidade dos números apresentados pelo governo senegalês sobre a situação económica herdada da administração anterior.

Seck fundamentou suas observações em dados disponíveis no site do Ministério das Finanças senegalês.

Liberdade de expressão 

A CAP reafirmou a necessidade de respeitar o direito à liberdade de expressão, sublinhando que o Senegal é um estado de direito, com as liberdades de imprensa e expressão consagradas na sua Constituição. A organização também exigiu a libertação de Seck, argumentando que ele tem o direito de questionar e discutir questões de interesse público.

Anthony Bellanger, secretário-geral da IFJ, também pediu a libertação imediata do jornalista, lembrando que o público tem o direito de ser informado, e os jornalistas devem ser livres para relatar, mesmo quando suas informações contradizem a narrativa oficial do governo. Bellanger instou o governo senegalês a garantir o respeito pelos direitos humanos fundamentais, conforme estabelecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Convenção Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, ressaltando que esses direitos são essenciais para a democracia e boa governança.

A situação de Cheikh Yerim Seck levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa no Senegal, um tema cada vez mais crítico no contexto político atual.

Leliane Semedo – Estagiária

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