O Instituto do Turismo de Cabo Verde reiterou, esta quarta-feira, que as notícias veiculadas em meios nacionais e internacionais sobre uma suposta intoxicação alimentar de cerca de mil turistas na ilha do Sal não correspondem à verdade dos factos apurados pelas autoridades cabo-verdianas.
O Instituto do Turismo reage assim às recentes notícias de que um grupo de cerca de mil turistas britânicos que estiveram de férias em Cabo Verde vão intentar uma ação judicial contra o país, depois de terem contraído infecções alimentares.
Em um comunicado, divulgado na tarde desta quarta-feira, o instituto do turismo, em parceria com a Inspeção-Geral das Atividades Económicas (IGAE), a Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS) e o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) esclareceu que a informação faz referência a supostos casos de infeção por Shigella, reportados em 2022, e que foram prontamente investigados pelas entidades competentes.
Desde o primeiro relato de um possível surto de doenças gastrointestinais na ilha do Sal, particularmente na cidade de Santa Maria, explicou, às autoridades de saúde de Cabo Verde implementaram uma série de medidas rigorosas de controlo e investigação para avaliar a situação e garantir a segurança sanitária do destino turístico.
Sem confirmação
Entretanto, conforme adianta, as investigações desencadeadas em dezembro de 2022 e em março de 2023 não confirmaram um surto ou aumento anormal de casos que justificassem preocupação.
Foram ainda realizadas, conforme a mesma fonte, 84 análises laboratoriais em manipuladores de alimentos nos estabelecimentos turísticos, e os resultados foram todos negativos para Salmonella e Shigella.
A mesma fonte realça que as investigações não revelaram qualquer evidência de um surto de Shigella nos hotéis de Santa Maria durante o período de setembro de 2022 a março de 2023, não obstante os relatos internacionais destes casos e nenhuma prova foi encontrada que associe esses casos diretamente às condições de Cabo Verde.
O Instituto do turismo sublinhou que Cabo Verde se rege por rigorosos padrões internacionais de higiene e segurança alimentar, com auditorias regulares por entidades independentes.