O Presidente da República, José Maria Neves, realçou ontem, na abertura do simpósio “Amílcar Cabral”, que o precursor das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde é um património da humanidade, pela sua luta incansável pela dignidade humana.
José Maria Neves falava durante a abertura do Simpósio Amílcar Cabral, que decorre até hoje, 10 de setembro, no Centro de Convenções da Uni-CV, na cidade da Praia, enquadrado nas comemorações do Centenário do líder da Luta pelas Independências de Cabo Verde e Guiné-Bissau.
Este simpósio, considerou o Chefe de Estado, é mais uma oportunidade para aprofundar e divulgar o enorme legado de Amílcar Cabral, um líder e intelectual cujo impacto transcende gerações e fronteiras.
“Amílcar Cabral é tão grande que ultrapassa as fronteiras de África. Ele é um património da humanidade”, enfatizou, realçando o “incrível humanismo e a enorme complexidade do pensamento de Cabral” que, para além de liderar a Luta de Libertação de Cabo Verde e Guiné-Bissau, influenciou diversos movimentos de libertação no continente africano e se notabilizou como uma das personalidades mais notáveis do século XX.
No seu tempo e contexto
Não obstante a profundidade do seu pensamento, Neves defendeu que Cabral deve ser analisado no seu tempo e contexto.
Isto porque, segundo disse, “ainda que possamos não encontrar nele as respostas para os desafios de hoje, Cabral nos inspira pelo exemplo, temos nele a inspiração necessária para analisar os tempos difíceis da atualidade para encontrar soluções”.
Homenagem aos companheiros de luta
Aproveitando o ensejo, o Presidente da República prestou uma homenagem aos companheiros de luta de Cabral, os combatentes da Liberdade da Pátria, pela sua “enorme entrega e generosidade”.
Destacou, em particular, o Combatente Pedro Pires, atual Presidente da Fundação Amílcar Cabral, pelo seu legado de generosidade e dedicação à causa, tanto da luta pela libertação do jugo colonial português quanto da construção dos alicerces da nação cabo-verdiana como primeiro Primeiro-Ministro.