A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje três indivíduos suspeitos de terem assassinado, no último mês de abril, o conhecido empresário Helder Gomes, mais conhecido por Cabeça.
Em nota, a PJ informou que em cumprimento de um Mandado de Busca e Apreensão Domiciliar, emitido pela Comarca de São Vicente a Polícia Judiciária capturou estes suspeitos de terem executado com vários tiros a vítima dentro da sua viatura nas proximidades da sua residência em Chã de Cemitério, ilha de São Vicente.
A investigação, que foi conduzida “de maneira rápida e eficiente”, levou à captura dos suspeitos nas localidades de Monte Sossego, centro da cidade e nas proximidades do aeroporto internacional Cesária Évora.
“Cumprindo com as formalidades legais, os detidos com idades compreendidas entre 30 a 45 anos iam ser presentes ontem às Autoridades Judiciárias competentes para efeitos de primeiro interrogatório judicial, e assim conhecerem as respetivas medidas de coação.
A Polícia Judiciária trará mais informações acerca desta operação que envolveu vários inspetores da PJ”, diz a fonte.
Mais de cinco tiros
“Cabeça”, recorde-se, foi morto, com mais de 5 tiros, dentro do seu carro em frente à sua residência em Monte Sossego, Mindelo. A vítima é o primo que acompanhava um outro jovem morto no início do ano, que respondia pelo nome de Ismael Neves.
O primo de “Cabeça”, Ismael Neves, diretor técnico da ITAC – Inspeção Técnica Automóvel de Cabo Verde, foi atingido por dois disparos, um no peito e outro numa perna, na sequência de um tiroteio ocorrido na zona de Chã de Cemitério, São Vicente, na madrugada de domingo, 7 de janeiro.
Naquele dia, “Cabeça” foi atingido na anca e uma mulher que os acompanhava numa mão. Ismael chegou a ser transportado para o hospital por volta das quatro da madrugada, mas faleceu no bloco operatório.
Revanche?
Na altura, alguns mindelenses comentaram este caso temendo que uma “revanche” poderia estar a chegar a qualquer momento já que afirmaram se estar perante “uma guerra entre duas fações criminosas” e “negligenciada pelas autoridades policiais”.
Geremias S. Furtado