A denúncia foi feita pelos professores da Escola de Lazareto à Polícia Nacional. De acordo com os professores, o alegado esquema de violação sexual de menores foi orquestrado por três adolescentes, com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos, cujas vítimas pertenciam à comunidade. Os abusos teriam acontecido numa casinha construída pelos adolescentes e na praia do Lazareto.
Segundo a Inforpress, que cita o responsável das escolas de Lazareto e São Pedro, Samuel Sousa da Cruz, a situação foi denunciada às autoridades após uma mãe ter procurado a escola aflita por ter surpreendido o seu filho prestes a ser abusado pelos adolescentes.
Samuel da Cruz ressaltou que a mãe chegou à escola “aflita e a procurar algum tipo de apoio para uma situação que não sabia como lidar”.
Relatos das vítimnas
O alegado esquema foi descoberto depois que surgiram mais relatos de outras vítimas, mostrando que a situação era recorrente, explicou Samuel.
O responsável avançou ainda que entre as supostas vítimas estão crianças provenientes de famílias desestruturadas e vulneráveis, sendo que uma das crianças esteve algum tempo no Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), mas depois voltou para a comunidade de Lazareto.
Abusos teriam acontecido numa casinha e na praia de lazareto
“Os presumíveis agressores também agarraram mais dois rapazes levando-os para uma casinha que haviam construído no meio de acácias, mas não chegaram a sofrer violação porque uma das mães ouviu os gritos e foi ao encalço deles”, explica a mesma fonte.
Além da casinha, as vítimas afirmaram que os adolescentes costumavam levar suas vítimas para a praia do Lazareto.
Conforme o responsável, a escola denunciou este caso porque sendo uma instituição educadora ela deve “ter impacto dentro das salas de aula e na comunidade e tem o papel de proteger as crianças” trabalhando para a “construção dos seus sonhos”.
Reações da Polícia Nacional e do ICCA
A Esquadra da Polícia Nacional, em Monte Sossego, contactada pela Inforpress, através do seu responsável Madelino da Luz informou que o Comando Regional da Polícia Nacional é que deveria prestar informações sobre o caso, mas até agora não reagiu.
Já o ICCA em São Vicente, pela voz do seu responsável Humberto Bruno Delgado, explicou que dará mais informações posteriormente tendo em conta que se trata de um caso que corre os trâmites legais, em segredo de justiça.
No entanto, sobre a criança que esteve ao cuidado do ICCA e que voltou à comunidade do Lazareto, o mesmo informou que a família não queria que a criança ficasse na instituição.
C/ Inforpress