Os bombeiros municipais do Tarrafal, na ilha de Santiago, estão há mais de um ano sem ambulância adequada para prestar os seus serviços essenciais. Desde que a ambulância avariou, as operações de resgate e atendimento de emergências têm sido realizadas de forma improvisada, utilizando carrinhas de caixa aberta, colocando em risco tanto os socorristas quanto os pacientes.
Até há cerca de três meses, os bombeiros contavam com uma viatura Hilux da Proteção Civil para realizar as suas diligências. No entanto, para o agravamento da situação, contam fontes do A NAÇÃO que o veículo capotou recentemente e, desde então, não foi realizada nenhuma avaliação ou reparação da viatura.
“Actualmente, os bombeiros dependem de um veículo emprestado pelos serviços descentralizados da câmara municipal, que não oferece condições adequadas para o transporte de pacientes em situações de emergência”, queixou um elemento dessa corporação no Tarrafal, criticando aquilo que chamou de “inércia” e “falta de “vontade”, por parte das autoridades locais para resolver a situação.
Nossas fontes dizem ainda que a ambulância avariada está parada devido à falta de uma peça, “cujo valor não ultrapassa os 50 mil escudos” e que a ausência deste “componente essencial tem” impedido a reparação do veículo e, consequentemente, a sua utilização pelos bombeiros municipais. “Neste momento está em situação de abandono numa oficina em Chão Bom”, acrescentou uma das nossas fontes.
“Esta situação tem gerado grande preocupação entre os moradores do Tarrafal, que se sentem desprotegidos diante da incapacidade dos bombeiros de responderem de forma adequada às emergências”, continuou um morador local, acrescentando que a comunidade local já apelou várias vezes às autoridades competentes para que tomem medidas urgentes, por forma a garantir a rápida reparação da ambulância e a disponibilização de recursos necessários para que os bombeiros possam desempenhar o seu papel de forma eficaz e segura.
Câmara reage
A Nação falou com o Vereador da Câmara Municipal do Tarrafal, Arnaldo Andrade, que confirmou que a ambulância dos bombeiros “teve um acidente” e está parada. Segundo o mesmo, o serviço de transporte de pessoas em situação de emergência tem sido feito por “uma ambulância do centro de saúde”. A mesma fonte disse ainda desconhecer se o transporte de doentes está a ser feito em carrinhas de caixa aberta.
Geremias S. Furtado