Os candidatos às eleições autárquicas em São Vicente começam a dar sinais de vida. Por agora, o caso mais notório é o de Nelson Lopes, que se desloca, esta semana, ao Luxemburgo, para um encontro, no domingo, 26, com a comunidade mindelense. António “Patxa” Duarte, do PAICV, tem festa/ comício de apresentação a 30 de Junho. Dos outros, poucos sinais ainda…
Nesta fase de pré- -campanha eleitoral, dos cinco candidatos já perfilados à Câmara Municipal de São Vicente (CMSV) – António “Patxa” Duarte, PAICV, António Monteiro, UCID, Augusto Neves, MpD, Carlos Araújo e Nelson Lopes, ambos independentes – para as eleições deste ano, Nelson é o que se mostra mais activo e visível.
Este “repetente”, dado que é a segunda vez que concorre, fez saber ao A NAÇÃO que viaja esta semana ao Luxemburgo para obter, da comunidade mindelense, “contributos e ideias” para um São Vicente “mais desenvolvido, harmonioso e inclusivo, com oportunidades para todos”, isto tendo em conta o peso que a emigração ocupa na vida da ilha do Monte Cara.
Questões ligadas à habitação precária, jovens sem o devido acolhimento por falta de políticas públicas assertivas são, por outro lado, as preocupações deste concorrente, que, além disso, enumera problemas respeitantes aos adolescentes, crianças e idosos, a se ter em conta.
“Na qualidade de filho desta ilha e de empresário, desde muito cedo, ambiciono tirar a ilha do marasmo, fazendo uso da minha experiência, da minha vivência, dos meus contactos, e alavancar São Vicente, do ponto de vista económico e empresarial, com natural impacto no social, na melhoria das condições de vida das populações por via da melhoria dos indicadores de competitividade”, realçou Nelson Lopes, que tem no seu lema “Soncent Ka tem Parada”.
Lopes afirma-se, por outro lado, convicto de que as relações entre uma Câmara liderada por ele serão as melhores com o Governo central, seja qual for o partido no Palácio da Várzea, na Praia.
“Isto porque acredito que o mais importante são os projectos e as políticas orientadas para a melhoria das condições de vida das populações, por via de uma maior proactividade e sensibilidade para a resolução dos problemas e das insuficiências que, ainda persistem, em vários domínios da Governação Municipal e da Sociedade Civil, no seu todo”, asseverou. Enfim, para este candidato, São Vicente é um “gigante adormecido”, prestes a acordar, caso for eleito presidente da CMSV.
Augusto Neves em silêncio
A NAÇÃO tem encetado esforços no sentido de ouvir, a seu tempo, todas os protagonistas a estas eleições, ainda, sem uma data efectiva para acontecer, mas tudo aponta que será entre Novembro e Dezembro.
Esforços envidados para se entrar em contacto com o actual edil de São Vicente têm esbarrado sempre em “silêncio” por parte de Augusto Neves, tido como o político mais inacessível de Cabo Verde.
PAICV agenda festa e Araújo sonda terreno
Já em relação ao PAICV, o seu candidato, António “Patxa” Duarte, este remeteu- -nos para uma festa/comício de apresentação oficial junto dos eleitores, no próximo 30 de Junho.
Um outro caso, o do também independente Carlos Araújo, este revelou-nos que tem andado a “sondar” o terreno para sentir a “viabilidade” da sua candidatura e projecto. “Recolhi as assinaturas e agora estou organizando a equipa, dando mais corpo às ideias e ao projecto e afirmando a possibilidade de uma campanha de poucos recursos”.
Até ao fecho desta edição não foi também possível o contacto com o candidato da UCID, António Monteiro, que esta semana cumpriu a sua agenda como deputado nacional, no Parlamento, na Praia.
João A. do Rosário
