A peça teatral “Cabral, a última lua de homem grande”, uma coprodução Sikinada – Companhia de Teatro (Cabo Verde) e Teatro Art’Imagem (Portugal), estará em digressão pelo norte de Portugal, com 10 sessões já confirmadas. As apresentações acontecerão de 17 a 26 de Maio, no Auditório da Quinta da Caverneira, em Maia, os bilhetes custam 5 euros (550 escudos). Para estudantes custam 3 euros (330 escudos).
De segunda a quinta-feira pode ser visto a partir das 19h30, às sextas e sábados a partir das 21h30 e no domingo às 16h.
A peça, com 70 minutos de duração, foi estreada, recorde-se, na cidade da Praia no passado dia 20 de Janeiro, enquadrado nas comemorações do Centenário do Nascimento de Amílcar Cabral.
A peça de teatro também foi apresentada na Guiné-Bissau, no passado mês de Março, no festival “Djintis – I Festival Internacional de Artes Cénicas de Bissau”.
Na sinopse, a peça retrata Amílcar Cabral, “ um homem, cuja identidade não se pode precisar de forma clara, irrompe a cena. Está tudo calmo. Tem, contudo, a súbita impressão de que é atingido. Duvida, no entanto, por breves instantes : deram-me um tiro? Um outro através de si se revela, do imo dos mistérios. Algo lhe diz que a hora chegou. Que hoje é o seu último dia. A sua lua derradeira”.
“A última luta”, por assim dizer, onde o “Homem Grande” encontra-se, porém, “sereno, consciente que morrerá, de pé, como uma árvore secular”, prossegue a sinopse.
“O relógio, omnipresente, vai impondo a sua matemática de subtração, indiferente a tudo, estabelecendo a ordem dos acontecimentos. Chegou a hora de todas as horas. Medo? Nem por isso. Ele nunca foi deste mundo; soube-o desde sempre.”
Apresentações no SalEnCena e Mindelact
A peça tem confirmadas apresentações no Festival SalEnCena em Junho, na ilha do Sal e no Mindelact (Festival Internacional de Teatro do Mindelo) em Novembro, na ilha de São Vicente.
Em nota de imprensa a SIKINADA garantiu que já estão outras participações nacionais e internacionais “em fase de negociação”.
O texto (romance) tem assinatura do artista cabo-verdiano Mário Lúcio, a dramaturgia e encenação é de Flávio Hamilton, com a interpretação a cargo de João Paulo Brito.