O operador turístico português Solférias tem programado para este verão sete voos charter para Cabo Verde, sendo seis para o Sal e um para a ilha da Boa Vista, numa operação tri-partilhado com a SATA e a Emptyleg.
A operação, conforme avança a Inforpress, que cita o director-geral da Solférias em Cabo Verde, Odair Inocêncio, a operação deverá colocar, por semana, mais de 1.300 turistas no país e mais um número considerável de clientes regulares.
O objectivo, diz, é “mexer” com a taxa de ocupação dos hotéis nesta altura considerada época baixa do turismo, especialmente do mercado inglês naquelas ilhas mais turísticas do país.
“É um volume enorme de clientes que vai mexer com a ocupação dos hotéis agora que é uma época considerada baixa e vai criar mais postos de trabalho tanto dentro dos próprios hotéis como os parceiros comerciais e assim manter os colaboradores”, destacou.
Grande procura de portugueses
Essa fonte destaca que, neste momento, o país é muito procurado como destino turístico pelos portugueses e destacou o “grande número de procura” por clientes repetentes, o que quer dizer que é um destino que “vale a pena visitar”.
Isto tem levado, como afirma, outros operadores a entrar no mercado como a recente entrada da companhia EasyJet em Cabo Verde com voos “low cost”, a partir de Portugal.
Em termos de transportes terrestres na ilha, o operador também tem vindo a apostar numa frota de autocarros, que permite também “maior conforto aos clientes” que chegam na ilha.
Perda de mão de obra
Odair Inocêncio lamentou a perda considerável de mão-de-obra qualificada da ilha para a emigração, mas entende que isso se deve à “falta de incentivos e de valorização” dos colaboradores, principalmente na área do turismo.
“Essas pessoas que estão a deixar os seus empregos e o país, se realmente tivessem todas as condições necessárias e a sua mão-de-obra mais valorizada, acredito que muitos não procurariam este caminho”, explicou.
Contudo, esta vaga de emigração pode trazer vantagens para aqueles que ainda estão aqui, porque as empresas começam a valorizar o trabalhador local, sob risco de perderem essas mesmas pessoas.
A Solférias está a operar em Cabo Verde desde 2010, mas este ano abriu a sua própria estrutura na ilha do Sal e, até Outubro, tem programado sete ligações aéreas charters que serão realizadas às sextas, sábados e domingos, mas com ligações também feitas pelas companhias de bandeira de Portugal e de Cabo Verde.
C/Inforpress