A deputada de Cabo Verde no Parlamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Isa Costa, foi eleita vice-presidente da Associação das Mulheres Parlamentares de África Ocidental (ECOFEPA, sigla em inglês), para o mandato 2024/2026. A tomada de posse aconteceu esta sexta-feira, 9, em Freetown, capital de Serra Leoa.
Isa Costa, que é deputada do Movimento para a Democracia (MpD, partido no poder em Cabo Verde), foi empossada durante a cerimónia de abertura da cimeira regional desta organização, sob o lema “Governação Adequada para Todas as Gerações”, que juntou jovens raparigas e mulheres oriundas de todos os países membros da CEDEAO.
A deputada diz assumir o novo cargo “com humildade e sentido de responsabilidade”, tanto no plano pessoal, quanto em nome de Cabo Verde.
“Em primeiro lugar, é um orgulho e uma honra ser escolhida pelas minhas colegas mulheres parlamentares da CEDEAO, para o cargo de uma das vice-presidentes da direcção da ECOFEPA”, frisou Costa, considerando que esta agremiação feminina no Parlamento da CEDEAO tem tido um papel preponderante no empoderamento político, social e económico das jovens raparigas e mulheres, junto dos Estados-membros.
Esta eleição é, igualmente, segundo manifestou a deputada, um ato de reconhecimento pelo trabalho que tem desenvolvido e o engajamento político no Parlamento da CEDEAO e, ao mesmo tempo, uma assunção e incremento de responsabilidade em apoiar a ECOFEPA na realização dos seus propósitos, para os quais foi criada.
Sensibilizar raparigas para causas políticas na sub-região
Para sensibilizar as jovens raparigas e mulheres a abraçarem as causas políticas na sub-região, Isa Costa considera que, nesta fase, é preciso fazer um mapeamento de “eventuais discrepâncias quanto ao grau de participação política das mulheres em cada um dos Estados-membros, em ordem a identificar-se realidades diferentes que, com certeza, merecerão tratamentos diferenciados”.
“Nos Estados-membros onde esta questão se coloca, é necessário compreender quais as barreiras que mais têm influenciado e/ou prejudicado uma efetiva participação política das mulheres, nas suas comunidades”, sublinha a vice-presidente da ECOFEPA.
Da sua parte, garante, vai partilhar as “experiências positivas como a de Cabo Verde” e de outras paragens onde esta questão tem sido abordada com sucesso”.
Recorde-se que, em 2018, a então deputada do PAICV por São Vicente, Filomena Martins, fora eleita presidente da ECOFEPA para um mandato de três anos, tendo sido na ocasião a primeira vez que um país lusófono da região (Cabo Verde e Guiné Bissau) assumiu a presidência dessa associação.