As associações Colmeia, Lar e Residência Sénior São Francisco Xavier e Liga Nazarena de Solidariedade foram as distinguidas da terceira edição do Prémio Garantia Comunidades, atribuído na terça-feira, 30, Praia. Os três receberam prémios de 900, 850 e 800 mil escudos, respectivamente.
Depois de atribuir os prémios a duas associações vencedoras em Mindelo, foi a vez das associações sediadas na capital do país receberem a distinção, numa cerimónia que teve lugar na sede da Colmeia, no bairro de Cidadela.
Foram elas a Colmeia – Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais, que recebeu o valor de 900 mil escudos, o Lar e residência Sénior São Francisco Xavier, premiado no valor de 850 mil escudos e a Liga Nazarena de Solidariedade, no valor de 800 mil escudos.
O prémio foca-se em duas áreas específicas, nomeadamente a inclusão social de pessoas com deficiência permanente ou incapacidade permanente e a prevenção à saúde.
Ajuda crucial
A presidente da Colmeia, Isabel Moniz, que falou em nome dos premiados, saudou a iniciativa que, segundo diz, permite às associações trabalhar nas respostas a nível da sociedade civil e ajuda na sustentabilidade das próprias associações e na continuidade das respostas que tem a ver com a intervenção social.
“Nomeadamente no que tange à proteção social e a prevenção para a saúde. Sabemos que 87% da população de pessoas com deficiência tem a deficiência adquirida. São pessoas que contraem AVC, que foram vítimas de acidentes de trabalho, doenças de Parkinson, acidentes de viação”, pontuou.
Por este motivo, diz se tratar de uma “feliz coincidência” que a Garantia tenha definido estas áreas específicas para a atribuição do prémio, tendo em conta que os parceiros tem permitido dar e melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência.
Contributo à sociedade
O prémio Garantia Comunidades, que vai na sua terceira edição, é, segundo o administrador da Garantia Seguros, Luís Leite, a forma que a empresa encontrou de dar o seu contributo à sociedade e retribuir aquilo que tem recebido dos seus clientes.
“O valor do premio manteve-se nos 4 mil contos e aquilo que nós podemos dizer é que, em três edições, do prémio a Garantia já deu o seu contributo à sociedade, disponibilizando um valor de 10.500 contos, sendo que foram premiadas 11 associações, nessas três edições”, explicou o empresário.
A ideia, segundo disse, é ter uma política de responsabilidade social muita focada em áreas muito específicas que tem a ver com a prevenção da saúde e pessoas com deficiência, e de alguma forma contribuir para o desenvolvimento do país e do sector social.
A Garantia pretende, ainda, sensibilizar outras empresas com poder financeiro para também lançarem prémios do género para áreas específicas e que podem fazer diferença ao país.
Prémio passa a ser bi-anual
Através da submissão de candidaturas, baseadas num regulamento próprio, as associações elegíveis concorrem ao prémio e são avaliadas por um júri autónomo, formado por pessoas das áreas social e de saúde.
Este ano concorreram 12 associações, menos 11 em relação ao ano passado. Destes, cinco foram vencedores, dos quais dois em São Vicente, nomeadamente a Associação Só Luz e a Associação dos Armadores de Pesca.
Entretanto, a partir deste ano o prémio passa a ser bi-anual, uma oportunidade também para, segundo Luís Leite, perceber o que tem estado a obstaculizar a participação de mais associações.
A cerimónia de premiação foi presidida pela Secretária de Estado para a Inclusão Social, Lídia Lima.
