O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, inicia esta quarta-feira, uma visita de trabalho de três dias a Cabo Verde, ocasião na qual deverá entregar o certificado de país livre de paludismo, além de vários outros assuntos na agenda.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, inclusive, já enalteceu a importância da visita de Tedros a Cabo Verde, destacando que representa “uma grande distinção”.
“Primeiro, o certificado do país livre de paludismo, isto tem um impacto muito grande, uma construção de longo fôlego até chegarmos a este ponto. Em termos de imagem externa do país, isto é muito bom, quer para o turismo, mas quer para todos, o desafio que Cabo Verde foi vencendo no sistema de saúde é o reconhecimento”, disse.
Ulisses Correia e Silva acrescentou ainda que essa visita do alto representante da OMS faz com que o país possa ganhar ainda mais motivação para dar os saltos necessários para melhorar o sistema nacional de saúde em Cabo Verde.
“Estou a falar dos profissionais de saúde, estou a falar de todo o sistema de saúde, para podermos dar os saltos que são necessários para o nosso sistema de saúde ser cada vez mais forte e mais resiliente”, realçou, afirmando que Cabo Verde já é um bom exemplo relativamente às áreas fundamentais como é o caso da luta contra o paludismo.
Entrega do certificado de país livre do paludismo
Espera-se que o momento seja agraciado com a entrega do certificado de país livre do paludismo.
“Todos os relatórios técnicos recomendaram a certificação de Cabo Verde como país livre de paludismo. Estamos a fazer um esforço enorme e nós estamos muito expectantes, estamos em crer que seja desta e todo o país sairá a ganhar”, disse a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, à Rádio de Cabo Verde (RCV).
A visita de Tedros Ghebreyesus acontece uma semana após o Governo ter declarado o 2024 como o ano da saúde mental, um tema que, segundo Filomena Gonçalves, ele tem estado a abordar e a incentivar com muito carinho e dedicação.
De nacionalidade etíope, Tedros Ghebreyesus é director-geral da OMS desde 2017 e serviu ao Governo da Etiópia como ministro da Saúde entre 2005 e 2012 e como ministro de Relações Exteriores entre 2012 e 2016.
C/ Inforpress