O sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) denunciou que professores recentemente contratados pelo Ministério de Educação estão há quatro meses sem receber salário e alguns colocados em ilhas diferentes da sua residência já dizem “passar fome”.
“Os professores novos contratados para o presente ano lectivo iniciaram as suas funções no dia 04 de Setembro de 2023 e até agora não viram nenhum tostão dos seus salários, tendo inclusive passado as festas natalícias numa total miséria”, lê-se na publicação feita nas redes sociais do sindicato.
Alguns alegam estar a passar fome
Segundo a mesma fonte, muitos desses professores lhe tem solicitado ajuda e outros, assegurou, alegam estar a passar fome, assim como, noutros casos, estão a ser ameaçados pelos proprietários das residências onde moram por causa das rendas em atraso.
O sindprof criticou o facto do Ministério da Educação continuar em “silêncio profundo”.
“É assim que se investe na educação? Colocar um professor fora da sua ilha sem salário durante quatro meses? Qual a motivação deste professor em continuar?”, questionou o sindicato, acrescentando que o problema vem se repetindo todos os anos, mas, “este ano está a ser dos piores”.
Importante ressaltar que o Sindprof iniciou ainda na quarta-feira, 27, uma greve por um período indeterminado, por falta de acordo com o Ministério da Educação sobre as reivindicações ligadas ao aumento salarial.
Aumento do salário base em 36%
O Sindprof, segundo a presidente Lígia Herbert em declarações à Inforpress, apresentou uma proposta com o pedido de aumento salarial de 78.678 escudos para 107.471 escudos de salário base o que não foi aceite na última reunião com o Ministério da Educação e Direcção-geral do Trabalho.
C/ Inforpress