Assinala-se hoje 12 anos do falecimento da cantora Cesária Évora, tida por muitos, como o maior vulto da música das ilhas, que deu a conhecer o país ao mundo através da cultura, da sua voz, da sua presença, do seu talento incontestável.
A Diva dos Pés descalços ou Cize, como era carinhosamente tratada, faleceu aos 70 anos, a 17 de Dezembro de 2011, na sua terra natal, no Hospital Baptista de Sousa, no Mindelo, São Vicente, vítima de um acidente vascular cerebral em Setembro, desse mesmo ano o que a obrigou a ser internada num hospital em Paris, precisamente no dia a seguir a ter anunciado que tinha colocado fim à sua carreira. Um mês depois, regressava a Cabo Verde.
Perfil
Nascida no Mindelo a 27 de Agosto de 1941, hoje a sua história de vida corre o mundo, eternizada num documentário de Ana Sofia Fonseca, que tem percorrido várias salas do mundo e que dá a conhecer o retrato surpreendente da mulher e da artista, dentro e fora dos palcos a quem deu a conhecer Cabo Verde, ao longo da sua carreira.
Intérprete que cativava o público dos quatro cantos do mundo, com a sua voz e presença, Cesária cantou os maiores compositores de Cabo Verde, como poucos o fizeram.
Do seu portfólio, constam mais de 20 discos, entre originais e parcerias com outros artistas.
Entre os vários prémios que recebeu pela sua notável carreira, destaca-se em 2004 o Grammy de melhor álbum de World Music contemporânea e foi condecorada, em 2007, pelo então Presidente francês Jaques Chirac com a Legião de Honra de França, país onde encetou a sua carreira internacional, tornando-se a voz cabo-verdiana mais conhecida no mundo.
Foi também homenageada em Cabo Verde com um prémio carreira na gala dos Cabo Verde Music Awards, edição de 2011.
C/Inforpress