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Ambiente

COP 28: Países africanos aderem a consórcio pioneiro mundial de armazenamento de energia em baterias

Vários países africanos manifestaram formalmente o seu interesse em aderir ao inovador Consórcio de Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS), lançado no sábado durante a COP28, que poderá revolucionar o panorama energético de África ao desenvolver soluções avançadas de armazenamento de energia através da colaboração e da inovação.Conforme comunicado de imprensa, ao aderir ao Consórcio BESS, uma iniciativa de parceria multilateral do Conselho de Liderança Global, os membros comprometem-se a participar nos esforços para alcançar compromissos de armazenamento de energia de 5 GW, até ao final de 2024. Isso, por sua vez, fornecerá um roteiro para alcançar 400 GW de energia renovável até 2030.Burkina Faso, Egito, Gana, Quénia, Maláui, Mauritânia, Moçambique, Nigéria e Togo manifestaram formalmente o seu interesse em aderir ao Consórcio. Espera-se que estes países recebam apoio dos parceiros para os recursos do Consórcio BESS, que incluem o Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Mundial, o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), a Africa50 e a Masdar. Desbloquear investimento público e privadoOs parceiros para os recursos ajudarão a preparar projetos, a melhorar o ambiente regulamentar e a desbloquear o investimento privado e público.Em resposta ao anúncio, o Presidente do Maláui, Lazarus Chakwera, destacou que o Maláui está “empenhado em manter uma via de produção de energia renovável para um futuro sustentável”. O mesmo acrescentou ainda que são projetos como o Consórcio BESS que “tornarão a nossa via de baixo carbono uma realidade”. “Precisamos de mais projetos como este”, defendeu.Já o Ministro do Petróleo, Minas e Energia da Mauritânia, Nany Ould Chrougha, expressou satisfação pelo facto de o seu país ser membro do consórcio. Segundo disse, acredita que a necessidade de armazenamento de baterias é “fundamental” para o país, que já “usa 40% de energias renováveis, e está destinado a tornar-se cada vez mais dependente, em particular, da energia solar e eólica”.Electrificar África – Adesina Também o Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, enfatizou que esse banco orgulha-se de estar na “vanguarda desta jornada transformadora, alavancando parcerias estratégicas e compromissos financeiros para impulsionar o progresso”. “À medida que avançamos, vamos continuar firmes na nossa dedicação a uma África mais limpa, mais verde e mais próspera – uma África alimentada pelo potencial ilimitado das energias renováveis e pela resiliência do espírito africano. Juntos, podemos iluminar e eletrificar África para as gerações vindouras”, afirmou. Adesina também destacou as sinergias entre o consórcio BESS e a iniciativa emblemática do Banco, Desert to Power.Armazenamento é essencial –  Copresidente do Conselho de Liderança GlobalIgualmente,  Rajiv J. Shah, Presidente da Fundação Rockefeller e Copresidente do Conselho de Liderança Global, realçou que sem capacidade de armazenamento suficiente, os países não conseguirão adicionar energia renovável às suas redes à escala necessária para reduzir as emissões e criar oportunidades económicas. “O Consórcio BESS é um exemplo do tipo de ação grande e ousada necessária para derrubar as barreiras que impedem tantas pessoas e comunidades de se juntarem às transformações climáticas em curso”, elucidou.Barbados, Belize e Índia também aderiram ao Consórcio BESS.O Conselho de Liderança Global é uma coligação de alto nível de líderes globais reunidos pela Aliança Global de Energia para as Pessoas e o Planeta. Inclui líderes de bancos multilaterais de desenvolvimento, instituições financeiras de desenvolvimento, agências internacionais, ONGs, diretores de empresas e representantes de governos.

C/ Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB)

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