Inicia-se hoje, quarta-feira, 22, o primeiro de dois dias de greve nacional dos professores. Jorge Cardoso, presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) anunciou igualmente que caso não a classe docente não obtenha respostas, principalmente sobre a questão do reajuste salarial, haverá mesmo a paralisação do ensino no país. O Sindep já tem a próxima greve marcada para Dezembro.
Jorge Cardoso fez este anúncio em conferência de imprensa, no dia de ontem, 21, onde afirmou que a greve é inevitável, pois o Governo está a “ludibriar e a enganar a classe docente” com promessas e manobras.
Contando com uma adesão de mais de 80% dos professores à greve, o presidente do Sindep também anunciou uma próxima greve para Dezembro, ameaçando com a interrupção total do ensino no País.
“Porque se o Governo não recuar e respeitar os professores vamos paralisar de facto, estamos determinados para isso, de conversa estamos fartos, os professores querem seus problemas resolvidos, principalmente reajuste salarial para já”, garantiu Jorge Cardoso.
Recorde-se que os sindicatos dos professores se reuniram com os ministros da Educação, o vice-primeiro-ministro e a ministra da Administração Pública para a busca de consenso para evitar mais esta greve.
No entanto, durante as negociações com o Governo ficou por consensualizar a questão da tabela para nova grelha salarial cuja proposta dos sindicatos é de 107.471$00 e o aumento salarial de acordo com a inflação para todos os professores.
Jorge Cardoso afirma que o Governo está a enganar os sindicatos e os professores
“A greve terá que acontecer porque o Governo anda a tentar ludibriar a classe docente, ludibriar os sindicatos, daí que queremos alertar toda a classe docente, todos os professores para estarem engajados nessa luta porque, de facto, o Governo quer é ludibriar os professores, enganar os sindicatos e os professores, porque nada está a resolver”, sustentou Jorge Cardoso.
Apelou a todos os professores de Santo Antão a Brava para permanecerem unidos, fortes e coesos para vencerem essa luta, assegurando que o Sindep, como organização sindical representativa da classe, está disposto a ir até às últimas consequências, advertindo o Governo de que agora é o momento de agir e cumprir.
“Ainda ontem estive com vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças nós não queremos chantagens, promessas, agora é hora de fazer e não o que vamos fazer, e a classe docente mais do que ninguém está sofrida, desde 2016 a esta parte a classe docente não viu nem sequer um centavo no seu salário e não é aceitável que o Governo tenha coragem para dizer aos professores que não merecem um estatuto especial”, salientou Jorge Cardoso.
Ainda em relação à lista de requalificações do número de professores divulgada pelo Governo nesta segunda-feira, aquele líder sindical adiantou que isso se trata de manobras, pois a requalificação dos anos 2020, 2021 e 2022 precisa ser feita de uma só vez.
C/ Inforpress