O administrador da CV Telecom para a área técnica, Francisco Almeida, esclareceu, esta segunda-feira, 23, que nenhum serviço da empresa foi afectado plenamente após o ataque cibernético de 19 de Outubro último, e que a normalidade deve estar reestabelecida complementarmente nas próximas 48 horas. Uma investigação forense decorre para apurar o ocorrido.
Em conferência de imprensa convocada esta segunda-feira,23, para actualizar o ponto da situação após o ataque cibernético de 19 Outubro, Francisco Almeida avançou que a CV Telecom está a ser assistida por uma empresa especializada em segurança.
“Neste momento já temos a ideia mais precisa dos serviços afectados, nomeadamente o serviço móvel pré-pago, os dados móveis, SMS e a autenticação no serviço de IPTV”, apontou.
Porém, garantiu, nenhum destes serviços foram afectados plenamente. Dentro de, no máximo, 48 horas, todos devem estar totalmente restabelecidos.
“Este tipo de incidente tem o seu nível de complexidade e leva algum tempo a resolver. Nós tivemos de proceder à verificação de tudo que aparentava estar a funcionar normalmente, mas já estamos assegurando, desde o dia 21, a normalidade dos serviços que prestamos aos clientes”, indicou.
Ataque em investigação
Quanto à origem do ataque, a administração diz que se trata de um incidente “malicioso e criminoso” e que, como tal, paralelamente a todo o trabalho de normalização, há necessidade de uma investigação de carácter forense, que decorre neste momento.
“Estamos a trabalhar com as autoridades competentes na investigação”, apontou, sem avançar mais detalhes.
Comportamento anormal detectado no dia 19
De recordar que, segundo a mesma fonte, o ataque foi detectado na madrugada do último dia 19 de Outubro, quando a empresa terá detectado comportamento anormal nos seus serviços.
“Rapidamente constatamos se tratar de um ataque aos sistemas corporativos da empresa. De imediato mobilizou-se uma equipa de técnicos da Telecom para auferir o âmbito e a profundidade deste incidente, e de seguida adoptamos um plano de acção”, frisou.
Os serviços de SMS foram os primeiros a serem afectados, seguindo-se outras ofertas da empresa.