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Educação

Professores saem amanhã às ruas: sindicatos apelam à participação massiva 

Os sindicatos dos professores, Siprofis e Sindprof, apelaram hoje a uma participação massiva dos professores na marcha pacífica que terá lugar esta quarta-feira, 18, com concentração nas praças emblemáticas de cada concelho do país, a partir das 09h.

A iniciativa, que partiu de um grupo de professores, está a ser apoiada pelo Sindicatos dos Professores de Santiago (Siprofis) e pelo Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) e visa dar um “Basta ao Governo mostrar que a paciência dos professores tem limite”, conforme a nota/convocatória.

O presidente do Siprofis, Abraão Borges, salienta que os problemas são vários e já vêm de longa data, situação agora complicada com o facto de o Governo estar a deixar os professores fora do Orçamento de Estado para 2024, no que concerne ao aumento salarial, por serem do quadro especial.

Por isso apela à participação dos professores nesta marcha, sublinhando que “é tempo de ser o tempo dos professores”, acrescentando que “para resolver é preciso lutar”.

De Santo Antão à Brava

“O nosso apelo é que os professores, de Santo Antão à Brava, sintam-se confiantes e que participem massivamente para que o Governo, o Estado sinta que os professores têm o seu valor, que a sociedade precisa dos professores e que estes têm de ser valorizados para sentirem-se motivados no seu trabalho”, disse.

Por seu lado, a presidente do Sindprof, Ligia Herbert, sustentou que todos os professores devem engajar-se nessa luta por ser uma luta da classe, porque os problemas são comuns.

“O Sindprof está a apoiar a classe exactamente porque a luta partiu dos professores e onde houver um professor o Sindprof estará sempre presente. É uma luta pela dignidade da classe”, sustentou a sindicalista.

Os sindicatos recordam que em 2022 o Governo e as organizações sindicais representativas dos professores chegaram a um compromisso que previa a resolução de todas as pendências em 2023 e o desbloqueio da carreira congelada para efeitos de promoção, bem como a negociação de medidas que dessem resposta a todos os problemas dos professores.

Transição na carreira, reclassificação e nova grelha salarial são algumas das reivindicações

O pagamento do subsídio pela não redução de carga horária, transição na carreira, melhoria na carreira dos professores mestres e doutores, reclassificação, assim como uma nova grelha salarial para professores e promoção automática a todos os professores antes de se aposentarem eram alguns desses compromissos.

Contudo, indicou que no final de 2023, apesar das reuniões realizadas, nenhum destes compromissos foi cumprido e aos problemas que já existiam juntaram-se outros relacionados, principalmente, com os concursos de professores para promoção na carreira.

“Por isso a luta deve continuar até que os problemas sejam resolvidos”, afirmou Abraão Borges.

A manifestação é de âmbito nacional e a concentração será feita nas principais praças de cada concelho do país.

Na cidade da Praia a concentração será na Praça Alexandre Albuquerque, a partir das 09h, devendo a marcha contornar a praça e parar em frente ao Ministério das Finanças, os professores deverão descer a rampa São Januário, passar em frente à Electra até à rotunda de Chã de Areia para concentrar-se em frente à rotunda Homem de Pedra, nas proximidades do Palácio do Governo.

C/ Inforpress

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