A directora do Hospital Regional São Francisco de Assis (HRSFA), Liziana Barros, disse que o funcionamento da ala de neonatologia está basicamente dependente dos recursos humanos.
De acordo com a Inforpress, a directora reconheceu que o Hospital São Francisco de Assis dispõe de alguns equipamentos como incubadoras e ventiladores e uma área reservada a neonatologia, que não funciona por falta de recursos humanos.
“Somos um hospital regional e o nível é secundário, o hospital é grande, está equipado e temos uma área reservada a neonatologia com incubadoras e ventiladores, mas esta ala não funciona só com os equipamentos, necessita da parte técnica e humana”, disse a directora.
A mesma fonte sublinhou que por se tratar de um hospital regional não tem a valência de prestação de serviço de Neonatologia que, segundo a mesma, exige “muito mais recursos humanos e outro tipo de investimentos”.
O hospital não tem um neonatologista
O hospital, explicitou, não tem um neonatologista, mas apenas pediatras que assumem os recém-nascidos, lembrando que o neonatologista, em regra, assume os bebés desde o nascimento até aos 28 dias de vida e os pediatras assumem a partir de um mês para frente.
Na ausência de neonatologista, o HRSFA só tem a funcionar o serviço de Pediatria que faz o acompanhamento a nível de parto e de cesariana, e os casos que não podem resolver a nível local são transferidos para o Hospital Universitário Agostinho Neto, na Cidade da Praia, que dispõe da valência de neonatologia.
“Não adianta ter um espaço e equipamentos, mas temos de ter a parte de recursos humanos e outros tipos de investimentos na área de neonatologia, que é exigente, porque, cada vez mais, temos mais bebês a nascer de forma prematura e a prematuridade exige muitos recursos”, reforçou a clínica.
Vários casos de prematuridade são encaminhados para a Cidade da Praia
Liziana Barros avançou que o HRSFA tem tido vários casos de prematuridade. A nível local ficam com os casos de bebês prematuros com mais de 34 semanas de vida, enquanto os restantes são encaminhados para o Hospital Universitário Agostinho Neto.
Com relação ao surgimento de casos de diarreia e vómitos neste período do ano, a directora destacou que tem havido alguns casos, mas que neste momento “não tem registado uma demanda tão acentuada”.
A mesma sublinhou que tem havido casos de gastroenterite, mas “nada de anormal” e com impacto a nível de atendimento.
Este estabelecimento hospitalar tem estado a funcionar, com os recursos disponíveis, na normalidade e a prestar um serviço que corresponde aquilo que a população espera de acordo com as valências existentes, sintetizou Liziana Barros.
C/ Inforpress