O administrador executivo da Electra, Antão Cruz, informou, esta quarta-feira, que a empresa já tomou medidas para reduzir os cortes de energia na ilha de Santiago. O problema poderá ficar resolvido ainda esta semana.
Em conferência de imprensa, dada esta quarta-feira, 06, na Cidade da Praia, a Electra reforçou que os cortes frequentes de energia eléctrica na ilha de Santiago devem-se a um processo de manutenção em curso, seguido de uma avaria num grupo de maior potência.
Entretanto, através do administrador Antão Cruz, a empresa garante que já tomou medidas para reduzir o impacto desta avaria e, consequentemente, reduzir os cortes de energia, desde segunda-feira, 04.
“Já fizemos a aquisição de peças, algumas já estão em Cabo Verde, por via aérea, outras devem chegar muito rapidamente, para podermos, definitivamente, resolver essa situação”, avançou Antão Cruz.
Enquanto o problema não fica resolvido na totalidade, um dos grupos, que estava parado, já retomou o funcionamento desde o início desta semana.
“Temos ainda um conjunto de manutenções programadas para realizar esse ano e vamos tentar criar as condições para que ocorra sem necessidade de interrupção aos clientes”, informou o responsável.
Avaria de grande gravidade
Antão Cruz explicou, ainda, que o problema que afectou a central de Palmarejo, prende-se com uma avaria num sensor, considerada de grande gravidade. Como explicou, “é algo que devemos ter uma atenção especial e o próprio fornecedor não autoriza que se ponha o grupo a funcionar com esse alarme”, indicando, por outro lado, que os novos sensores já estão no país, já foram instalados e aguardam a operacionalização.
O responsável sublinhou que, nestes casos, há necessidade de adquirir peças no exterior, o que acaba por prolongar a resolução das avarias.
Zonas protegidas
Não obstante os cortes serem racionadas por zonas, com duração ideal máxima de quatro horas, Cruz admite que, em alguns casos, pode exceder esse tempo, nomeadamente quando o momento de religação coincide com períodos em que não é recomendável fazer manobra na rede.
Ainda assim, diz, há zonas como o Hospital e zonas industriais, em que a empresa tem algum cuidado, pois sabe qual o modo operação e qual o impacto de ficarem sem energia.
Em contrapartida, há também zonas onde o factor de roubo de energia ronda os 80 ou 90% e são zonas que, à partida, acabam por ter algum impacto, ainda que isto não seja um critério determinante para se decidir as zonas de corte.
Efeito do roubo de energia
Aliás, segundo a mesma fonte, o roubo de energia tem ligação direta com as avarias que têm ocorrido no sistema de distribuição, especialmente nesta época de chuva.
“E aproveitamos para alertar a população, de que está previsto chuva nos próximos dias, com alguma intensidade e pode novamente surgir muitos disparos”, sublinhou, atentando que um dos processos de roubo passa pela danificação das redes, que ficam expostas à água durante as chuvas e a curto circuitos.