Os sobreviventes da piroga resgatada na costa da ilha do Sal, na Terça-feira, 15, estão devidamente acompanhados e bem assistidos a todos os níveis, garantiu esta Sexta-feira, 18, o delegado de Saúde na ilha. Um deles inspira mais cuidados e deve receber tratamento no Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia.
Acolhidos na escola Ramiro Figueira, nos Espargos, dos 38 sobreviventes, sete encontram-se ainda hospitalizados, um deles em estado mais complicado, com problemas renais, segundo o médico e delegado de Saúde José Rui Moreira.
“Os restantes 31 migrantes estão na Escola Ramiro Figueira, bastante estáveis, de vez em quando com um ou outro sintoma derivado de toda essa calamidade por que passaram, mas sendo constantemente avaliados e enviados para o hospital para exames mais aprofundados”, garantiu o responsável, em declarações à Inforpress.
Do grupo de sobreviventes, precisou, uns estão mais animados que outros, pois, passaram por maus bocados, beberam água de mar, comeram algas marinhas, para poderem sobreviver.
As refeições são confeccionadas na 2ª Região Militar (Forças Armadas de Cabo Verde), comidas leves, também fruta e muita água, com assistência da Cruz Vermelha de Cabo Verde e ajuda da população.
Corpos aguardam transladação
Quanto aos sete cadáveres, a mesma fonte informou que permanecem em câmara fria, aguardando o processo de transladação para o seu país.
“Hoje estivemos, juntamente com a Polícia Judiciária, na recolha de dados para questões de identificação”, informou.
De recordar que a piroga foi encontrada a 150 milhas a nordeste da ilha do Sal, por um pesqueiro de bandeira espanhola. Nela estavam sete cadáveres e 38 sobreviventes, de total de 101 migrantes que, segundo as autoridades, partiram do Senegal. Estimas-se que os restantes 56 migrantes terão morido durante o percurso até on nordeste da ilha do Sal, Cabo Verde.