O diácono e assistente diocesano da juventude da Diocese de Santiago faz um “balanço positivo” da presença dos peregrinos cabo-verdianos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e perspectiva “participação activa” nos próximos eventos da Igreja Católica. “A nossa participação foi bem visível e credível, apesar de tudo, nada afectou a nossa participação activa”.
Em declarações à Inforpress, José Manuel Vaz considerou que só quem “viveu” os dias da pré-jornada e da JMJ Lisboa 2023 que decorreu de 01 a 06 de agosto, com participação do Papa Francisco, conhece a sensação, já que esse encontro irá marcar para sempre a vida dos mais de 900 jovens cabo-verdianos que marcaram presença no evento.
“O balanço que fazemos é extremamente positivo (…), foi um momento importante na vida dos jovens cabo-verdianos, tanto os que vieram, como os da diáspora”, afirmou, sustentando que a jornada foi “muito bem” organizada, com uma equipa “competente e responsável”, com comunicação de “excelência” e sempre disponível, sem deixar de fora um “grande nível” de segurança.
Participação de Cabo Verde foi “bem visível e credível”
“Foi simplesmente espetacular. A nossa participação foi bem visível e credível, apesar de tudo, nada afectou a nossa participação activa. Os peregrinos demonstraram que viveram uma grande alegria e um grande momento ímpar nas suas vidas”, frisou, lembrando que os jovens cabo-verdianos estiveram em correria por causa da distância entre as actividades [Lisboa] e alojamento [Santarém], mas que foi possível “viver esse grande encontro de fé e cultura”.
José Manuel Vaz também ressaltou o que considerou de “muito lindo”, que foi que cada vez que a delegação cabo-verdiana encontrava os peregrinos de outros países e línguas diferentes, pediam para trocar bandeiras, símbolos e fitas como lembranças.
Por outro lado, o diácono destacou que os encontros que tiveram com o Santo Padre, nomeadamente a via sacra, a vigília e a missa do envio, foram momentos também ímpares na vida de todos.
“É preciso muita fé para entender esses momentos. Nesse encontro sentimos que a igreja é bela, próxima e comunicativa. O Santo Padre deixou claramente nas suas comunicações que todos somos chamados de forma singular para assumirmos o nosso lugar na igreja”, disse.
Perspetivas para os próximos anos
Com o balanço positivo da JMJ, o diácono e assistente diocesano da juventude da Diocese de Santiago já perspetiva os próximos encontros da igreja, nomeadamente o Jubileu da Juventude na Cidade da Praia, em 2024, o Jubileu Internacional da Juventude, em Roma, em 2025, e a Jornada Mundial da Juventude, em Seul, Coreia do Sul, em 2027.
“A primeira o Jubileu da Juventude, que vai acontecer, precisamente para arrastar a diáspora para fazermos uma grande comitiva juvenil e formar essa grande ‘geração 500’ e podermos analisar os 500 anos da história e tudo aquilo que tem acontecido (…). O Jubileu Internacional da Juventude que o Papa Francisco convidou todos os jovens a ir e vamos preparar, incansavelmente, para fazermos uma participação activa”, garantiu.
Por último, o responsável indicou a próxima JMJ, assegurando, também, que a participação de Cabo Verde será “activa para reviver” os momentos de Lisboa, mostrando-se convicto de que os jovens irão participar.
C/Inforpress