Há 24 anos um acidente de aviação vitimou, mortalmente, 18 pessoas no Vale da Ribeira da Torre, em Santo Antão. O “dornier” militar da Guarda Costeira D4-CBC tinha levantado voo em São Vicente rumo ao aeródromo de Ponta do Sol, mas a pouca visibilidade levou a queda da aeronave.
O avião Dornier das Forças Armadas efetuava o voo 502 da TACV quando ocorreu a tragédia, sendo que tinha levantado o voo do aeroporto de São Vicente com 16 passageiros e dois tripulantes a bordo com destino ao aeródromo de Ponta do Sol, que desde esta altura foi encerrado ao tráfego, por razões de segurança.
A fraca visibilidade, segundo fontes autorizadas na matéria, foi apontada como à causa desta tragédia, alegando que impedira a aterragem e que o último contato entre o comandante Borges e a Torre de Controle em São Vicente foi registado às 11:56, dando conta que iria regressar à ilha do Porto Grande por dificuldades de aterragem.
Maior tragédia da aviação cabo-verdiana
O antigo coronel das Forças Armadas, António Carlos Tavares, popularmente conhecido por Sabú, e que nessa altura desempenhava as funções do juiz do Tribunal Militar, recordou a efeméride à Inforpress com “muita tristeza e consternação”.
Refere a esse brutal acontecimento, como o mais trágico em toda a história da aviação cabo-verdiana, afirmando que se tratou de um momento de grande tristeza e aflição, sobretudo junto da família castrense, extensiva aos familiares dos ocupantes e sentida por toda a população cabo-verdiana.
Este acidente foi apontado como o terceiro dos quatro acidentes de aviação registados em Cabo Verde, e o mais trágico de sempre, a tragédia de Santo Antão, ocorrida precisamente, no vale da Ribeira da Torre, tinha sido reportado no Jornal Horizonte de 12 de Agosto, como “O Dia da Tragédia” e “Ribeira Grande de Luto”.
C/Inforpress