A Federação Cabo-verdiana de Xadrez reivindica a “premiação dos seus atletas em moldes idênticos aos outros campeões nacionais” e considera que tanto a instituição como os seus atletas foram discriminados e humilhados pelo Governo de Cabo Verde.
Segundo a Inforpress, que cita um comunicado enviado pela direção liderada por Francisco Carapinha, dá conta do protesto “já apresentado” junto do ministro-adjunto do primeiro-ministro para o Desporto e Juventude, Carlos Monteiro, “solicitando uma reparação pública dos actos”.
É que para FCX, o campeão nacional absoluto de xadrez, e também bicampeão Africano da Zona 4.2, o mestre internacional Marino Ortega, bem como a campeã nacional feminina da modalidade, Célia Rodriguez Guevara, ficaram fora do quadro da premiação dos campeões nacionais no acto simbólico realizado a 30 de Junho, no Salão Nobre da Câmara Municipal do Sal.
Campeões nacionais de xadrez não foram contemplados com as premiações
“O argumento para que os campeões nacionais de xadrez não fossem contemplados com as premiações, veio do Sr. presidente do Instituto do Desporto e da Juventude, dizendo que estavam a ser premiados os campeões de 2021/2022, argumento nitidamente de recurso e que “caiu imediatamente por terra” já que o nosso Campeão Nacional Absoluto detém o título desde 2020”, lê-se na missiva.
Sublinha a fonte que o título alcançado nessa temporada foi obtido no ano em que, com a pandemia da covid-19, o xadrez foi a única modalidade desportiva que teve coragem de realizar o campeonato nacional em Cabo Verde e, nos anos de 2021 e 2022, altura na qual o mestre internacional recebeu os correspondentes títulos nacionais directamente das mãos do ministro da tutela.
IDJ diz que não é modalidade olímpica
Como este argumento não resultou, assinala a FCX nesta reclamação, o presidente do IDJ veio dizer que não havia premiação para o xadrez porque não era modalidade olímpica, pelo que a federação contra-argumenta que “embora não fazendo nem tendo feito parte do Programa dos Jogos Olímpicos, é reconhecido pelo COI, e como tal é modalidade olímpica”.
“No entanto, houve pelo menos uma modalidade, que não faz parte do Programa dos Jogos Olímpicos, nem a sua Federação é membro do COI, e foi premiada em actos semelhantes realizados antes deste do Sal. Como pode o Sr. presidente do IDJ explicar isto?”, indaga os responsáveis da FCX.
Nesta reclamação, recorda o queixoso que desde 2017 a FCX faz o seu Campeonato Nacional Individual Absoluto, e as associações os seus Campeonatos Regionais, sem qualquer interrupção, excepto em 2020 (ano da pandemia) que não se realizaram Campeonatos Regionais, mas a FCX realizou o único Campeonato Nacional, deste ano, em Cabo Verde.
C/ Inforpress