O presidente da Plataforma das Comunidades Africanas em Cabo Verde considerou hoje, na Praia, que a situação das comunidades no País é pacífica, embora ainda existam alguns aspectos de discriminação com emigrantes oriundos dos Estados da CEDEAO.
José Viana falava à Inforpress no âmbito do Dia Mundial da África, uma celebração anual do dinamismo do continente africano, no aniversário da fundação da Organização da Unidade Africana, agora União Africana, assinalada a 25 de Maio.
“A situação das comunidades africanas em Cabo Verde neste momento é uma situação pacifica, não há grandes constrangimentos em termos de inclusão social, embora se verifique ainda alguns aspectos de discriminação em relação às pessoas oriundas dos estados da CEDEAO”, sublinhou aquele responsável.
Comunidades africanas em Cabo Verde têm cada vez mais acesso a serviços, apesar de lidarem ainda com desinformação
Conforme acrescentou, as comunidades estão tendo cada vez mais acesso aos serviços, apesar de lidarem ainda com desinformação, falta de acolhimento ou de atendimento nos serviços, que segundo o mesmo estes se constituem um desafio pelo qual a organização está disposta a contribuir para fazer face.
Por outro lado, José Viana defendeu que seja no dia Mundial da África seja decretado feriado noutros países que se sintam parte deste continente, à semelhança de países como Gana, Mali e Zâmbia.
Erradicação da pobreza extrema e da desnutrição são questões urgentes
A nível continental, o presidente da Plataforma das Comunidades Africana em Cabo Verde considerou ainda ser urgente apostar na erradicação da pobreza extrema e da desnutrição com garantias no acesso universal a serviços e oportunidades económicas até 2063.
“Não deixar ninguém para trás constitui um desafio central nas preocupações, dentro daquilo que consideramos as nossas programações, que se propõe transformadoras da agenda, para os ODS que visem assegurar os direitos econômico, sociais e políticos, civis, culturais de toda população africana, não só as que estão em Cabo Verde”, frisou.
Medidas económicas no continente
De acordo José Viana, para que se reduzem as desigualdades, acabando com a discriminação e exclusão, há que tomar medidas económicas dentro do continente, tendo em pauta a integração regional, visando a criação de um mercado continental com a livre circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços.
“É urgente criarmos um mercado alargado e seguro para mercadorias do estado africanos”, sustentou.
C/ Inforpress