Duas mulheres de aproximadamente 20 e 40 anos morreram, na manhã de hoje, Terça-feira, 28, e outras duas pessoas estão em estado grave após um ataque à facada no Centro Ismaili na Avenida Lusíada, em Lisboa (Portugal). O autor do ataque, que estava “armado com uma faca de grandes dimensões”, foi detido depois de ter sido atingido pelas autoridades.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou o “ato criminoso” e já apresentou ao representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, os “sinceros pêsames”, “solicitando que os transmitisse também ao Príncipe Aga Kahn e às famílias das vítimas”.
“O Presidente da República, que tem acompanhado permanentemente a situação, em contacto com o Governo, sublinha, por um lado, o facto de estarem a decorrer as investigações destinadas a apurar o sucedido, e, por outro, que, tal como declarado pelo primeiro-ministro, as primeiras indicações apontam para um ato isolado”, pode ler numa nota publicada no site oficial da Presidência.
Desconhecimento das motivações do ataque
“É prematuro fazer qualquer interpretação sobre as motivações deste ato criminoso”, disse o primeiro-ministro. “Devemos aguardar com segurança que as autoridades procedam às necessárias investigações”, afirmou o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, considerando que “tudo indica que foi um ato isolado”, mas, repetiu, é necessário aguardar pela investigação das autoridades.
O chefe do Governo português salientou a “pronta intervenção da Polícia de Segurança Pública, que permitiu a detenção do suspeito, alegadamente de origem afegã e que se encontra no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a receber os cuidados médicos”.
Tipo de violência que não é normal em Portugal, dizem especialistas
Especialistas em extremismo, abordados pela imprensa portuguesa consideram que actos como o ataque ao Centro Ismaili configuram um tipo de violência que não é normal em Portugal pelo que não existe a necessidade de as “pessoas sentirem alarme social”.
Refira-se que o Centro Ismaili de Lisboa, nas Laranjeiras, é a sede mundial da comunidade ismaelitas, uma minoria muçulmana xiita liderada pelo príncipe Aga Khan.
C/ Agência de Notícias