Os familiares dos dois jovens mergulhadores que perderam a vida no mar de Santa Maria, Sal, pedem celeridade das autoridades para liberarem os corpos e poderem fazer o sepultamento dos mesmos na sua terra natal. Doze dias após a tragédia, o médico legista ainda não chegou ao Sal, por falta de lugar nos voos.
Em declarações à imprensa, Joselma Delgado, irmã e prima das vítimas, afirmou que para além da tristeza por ter perdido o irmão e o primo, os familiares estão “desesperados” com a demora na realização das autópsias.
“Eles morreram longe de casa, e já há 12 dias que vivemos esta angústia, só aguardando resposta que até então não temos. Queremos enterrar os nossos meninos”, enfatizou.
Perdidos e sem saber o que fazer, a mesma fonte, relatou que esta situação está a deixar os familiares num estado de “desespero e ansiedade”.
E, é neste sentido que Joselma Delgado apelou às autoridades para “agilizarem” o processo para que os corpos sejam transladados para Santo Antão, para realização das cerimónias fúnebres.
Há espera do médico legista
O director da Polícia Judiciária na ilha do Sal, Natalino Correia, em declarações à Inforpress explicou que estão a aguardar a chegada de um médico legista porque, devido à investigação que fizeram e a forma como os dois jovens faleceram, acharam “estranho”.
“Para o esclarecimento da situação pedimos um médico legista, só que há voos, mas não há lugares até o dia 31 deste mês. Agora, hoje ficamos de ter uma resposta definitiva. Trata-se de um caso urgente e não depende de nós “, pontuou.
Joaquim Fortes da Graça e Kenedy da Cruz Santos desapareceram no mar de Santa Maria, Sal, no dia 07 deste mês, tendo sido encontrados sem vida um dia depois no fundo do mar da baía da praia de Santa Maria.
Os dois jovens eram naturais da zona piscatória de Cruzinha, no interior do concelho da Ribeira Grande de Santo Antão e residiam na ilha do Sal.
C/ Inforpress