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Política

Cimpor vai explorar indústria pozolana do Porto Novo

A informação foi avançada pelo primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva este fim de semana, durante a sua visita à ilha das montanhas. A cimenteira portuguesa Cimpor foi assim a escolhida do Governo, para a retoma da indústria das pozolanas no concelho do Porto Novo.

O chefe do Executivo confirmou um acordo entre o Governo e a Cimpor “para a exploração das pozolanas”.

“Vamos assinar contrato com a Cimpor para a exploração das pozolanas e criação de mais de 100 empregos directos e vários indirectos”, disse, informando que o Executivo quer retomar esta indústria “com força”, por se tratar de “uma actividade muito importante para a criação de empregos”.

Paralisada há 10 anos

Recorde-se que a indústria de pozolanas em Santo Antão está paralisada desde 2013, altura em que o grupo de investidores italianos, que vinha explorando a cimenteira desde 2005, decidiu encerrar a unidade de produção por alegadas dificuldades de mercado.

Para Aníbal Fonseca, autarca de Porto Novo, esta foi a escolha do “melhor parceiro”, que “terá em conta a transformação das pozolanas em cimento pozolânico na própria ilha de Santo Antão com valor acrescentado”.

A Cimpor já tinha, nos anos 90, manifestado interesse na exploração das pozolanas em Santo Antão, tendo na altura elaborado, conjuntamente com a outra empresa portuguesa Secil, um estudo que confirmava a qualidade deste recurso natural, utilizado para a construção de importantes infra-estruturas portuárias em Portugal e Angola.

As jazidas de pozolanas concentram-se, sobretudo, nas proximidades da cidade do Porto Novo (Brejo, Fundão, Ribeira Fria e Gamboesa), cujas reservas estimam-se em dez milhões de toneladas.

C/Inforpress

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