O PAICV – Partido Africano da Independência de Cabo Verde lamentou hoje o falecimento do “amigo e camarada” Leonildo Monteiro. O ex-deputado da nação e ex-ministro da Indústria e Energia faleceu no passado dia 4 deste mês, em Portugal.
“É com o sentimento de profunda consternação” que o PAICV diz ter tomado conhecimento do desaparecimento físico do engenheiro Leonildo Monteiro, no passado dia 04 de fevereiro, em Portugal, aos 85 anos de idade.
O Engenheiro Leonildo Monteiro, recorda o partido, era Natural da freguesia de Santo Crucifixo, Concelho da Ribeira Grande, em Santo Antão, onde nasceu a 17 de janeiro de 1938.
Cedo, deslocou-se para São Vicente, onde terminou o ensino secundário “com mérito reconhecido”, depois, enquanto aguardava a bolsa para prosseguir os estudos em Portugal, desempenhou as funções de explicador, dando aulas para os alunos do ensino secundário dos Liceus, naquela época, recorda.
Estudos em engenharia electrotécnica
Já em 1960 foi chamado para o serviço militar obrigatório em Portugal onde, depois de ter sido destacado para uma das antigas colónias de então, viria a concluir os estudos de Engenharia Eletrotécnica. Lá iniciou a sua militância activa em torno da causa da independência de Cabo Verde, integrando as fileiras do PAIGC, na clandestinidade.
O PAICV recorda ainda que também começou a trabalhar em Portugal, chegando a exercer funções relevantes enquanto Engenheiro de profissão até 25 de Abril de 1974, altura em que, à semelhança de vários quadros nacionais, regressou a Cabo Verde para dar a sua contribuição ao país.
Cargos desempenhados
O Engº. Leonildo Monteiro, como era conhecido, enquanto técnico e profissional, exerceu varias funções das quais se destacam a de Diretor Geral da Indústria e Energia, Diretor Geral da CABNAVE e, Presidente da então Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Barlavento (ACIAB).
Enquanto político, para além de dirigente do PAICV, foi vereador da Câmara Municipal de São Vicente e eleito Deputado pelo Círculo Eleitoral de São Vicente, exercendo, “com dedicação e elevado espírito de cidadania”, o seu mandato no período de 1996 a 2001.
O Partido reconhe assim a sua contribuição para o “crescimento” do país.