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Sociedade

Sismo foi de magnitude 5.1 e não representa perigo – INMG

Bruno Faria

O abalo sísmico que atingiu, na madrugada de hoje, as ilhas de Santo Antão e São Vicente é o de “maior magnitude” registado até agora em Cabo Verde e poderá estar relacionado com processo vulcânico. Entretanto, terá sido de magnitude 5.1, na escala de Richter e não representa qualquer perigo para as populações.

A informação foi avançada pelo geofísico do Instituto Nacional de Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), em São Vicente, Bruno Faria, assegurando que o sismo aconteceu pelas 03:16 e com o epicentro localizado a 20 quilómetros a sudoeste da costa de Monte Trigo, em Santo Antão.

O abalo, conforme a mesma fonte,  citada pela Inforpress, teve como magnitude 5.1  e com epicentro registado no local onde em 2005 foi descoberto um campo eruptivo.

“É muito provável que este evento esteja relacionado com processos vulcânicos”, explicou o geofísico, confirmando ter sido o sismo de “maior magnitude” registado em Cabo Verde e deveu-se ao “aumento de energia acumulada”.

Bruno Faria disse que na verdade se tratou de dois sismos sobrepostos com cerca de dez segundos de diferença, sendo o segundo de maior magnitude.

Situação normal 

A situação, explicou, pode ser considerada “corriqueira” e já aconteceu duas ou três vezes há alguns anos, sabendo que, os sismos nesta zona são de alguma frequência, e com “mais ou menos” oito anos de intervalo.

“Não há perigo nenhum para a população de Cabo Verde”, garantiu o também director do Departamento de Geofísica do INMG, adiantando que o tremor de terra poderá ter causado algum susto na população e algum “estrago ligeiro”, mas “não a ponto de afectar a vida e causar feridos graves”.

Aumento de monotorização

Mesmo assim, Bruno Faria disse ser uma “prioridade” aumentar a capacidade de monitorização de actividade sísmica em Santo Antão, com aumento de estações sísmicas, que neste momento são quatro e funcionando há já 13 anos.

Por outro lado, considerou, pode-se adoptar outras formas de monitorização, como a deformação do solo, a mais comum, ou então utilizar uma rede de GPS.

Renovar estações

Entretanto, o ideal seria renovar as quatro estações existentes e colocar mais quatro, embora, admitiu o geofísico, a extracção em Santo Antão é “muito difícil” devido à sua característica montanhosa.

O presidente do Serviço Nacional de Protecção Civil, Domingos Tavares, também presente na conferência de imprensa, afirmou que não houve registo de pedido de socorro nem em São Vicente, nem em Santo Antão, somente “alguns estragos materiais ligeiros”.

C/ Inforpress

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