O primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva disse, ontem no Mindelo, que a regata Ocean Race, coloca Cabo Verde e a cidade do Mindelo no centro do interesse do mundo, e que vai trazer “coisas boas”. Contudo, a receção da corrida no país, já está a gerar alguma polémica depois de uma notícia da Forbes ter avançado que Cabo Verde investiu 3,6 milhões de euros para receber Ocean Race. Também, as empresas que prestam serviço de som e audiovisual, em São Vicente, acusaram, o Governo e a organização da regata de as excluir na prestação de serviços do certame.
A passagem da maior regata do Mundo por Mindelo, considerou o chefe do Governo, traz “elevada notoriedade”, para Cabo Verde e, quando terminar, “deixa coisas boas para São Vicente e para Cabo Verde”, como infraestruturas.
O pontão, construído para o efeito, disse, vai ficar no país.
“O pontão onde os barcos vão parar vai ficar aqui, será propriedade de Cabo Verde e vai ser utilizado para outros eventos. Na zona de Tanquinho, já está lançado um concurso de projecto técnico e de arquitectura e vai ser reabilitada para podermos ter a acessibilidade na zona de Matiota e criar na zona da Cabnave infraestruturas que vão acolher próximos eventos”, explicou, citado pela Inforpress.
Por outro lado, apontou que São Vicente também já está a ganhar com hotéis cheios, restaurantes cheios, circulação da economia a funcionar, o que impacta a economia local.
“Momento histórico”
Por seu turno, o presidente da Ocean Race , Richard Brises, manifestou-se orgulhoso de estar em São Vicente, defendendo que se trata de um momento histórico.
“É histórico porque é a primeira vez que a Ocean Race faz uma visita a esta bonita nação, que é Cabo Verde, é histórico porque é a primeira vez que se abre o parque aqui, em que a organização deste desporto de nível mundial juntou as forças com o Governo de Cabo Verde para realizarmos a Ocean Race no País e em defesa de um planeta e melhor saúde dos oceanos”, sustentou.
Richard Brises também parabenizou a organização local, salientando que fizeram um parque bonito de recepção e uma bonita stopover em Cabo Verde, pelo que disse acreditar realmente que todos vão desfrutar do evento.
Impacto muito positivo
Da parte da autarquia local, o presidente substituto da Câmara Municipal de São Vicente, Rodrigo Martins, vincou a importância da Ocean Race na promoção da ilha de São Vicente para o turismo, para os investimentos, mas também pela mensagem da preservação dos oceanos e da sustentabilidade ambiental que transporta.
“A vinda da mais emblemática e maior regata a nível mundial terá um impacto muito positivo na economia local e nos seus efeitos multiplicadores”, reforçou.
Vozes críticas
Contudo, a receção da corrida, no país, já está a gerar alguma polémica depois de uma notícia da Forbes ter avançado que Cabo Verde investe 3,6 milhões de euros para receber Ocean Race.
Isto, tendo em conta a situação económica do país e a inflação, com a queda acentuda do poder de compra em Cabo Verde.
Também, as empresas que prestam serviço de som e audiovisual, em São Vicente, acusaram, o Governo e a organização da regata de as excluir na prestação de serviços do certame.
Uma situação que já foi negada pelo próprio Governo, em comunicado.