O presidente do Conselho de Administração (PCA) da CV Interilhas, Jorge Maurício, defende o aumento do preço da passagem de barco no trajecto São Vicente- Porto Novo, linha mais movimentada do país, por considerar “ridículo” o preço de 800 escudos praticado atualmente.
Jorge Maurício diz que se o país quer transportes de qualidade, o passageiro precisa pagar para isso.
É neste sentido que defende que as tarifas no trajeto Mindelo-Porto Novo devem ser atualizadas devido aos impactos da subida do preço dos combustíveis, para evitar que a situação fique “insuportável” pelas companhias.
“Preço ridículo”
O PCA da empresa considera “ridículo” o atual preço de 800 escudos praticado na linha Mindelo-Porto Novo e pede o aumento do preço da viagem.
“Pagar 800 escudos para fazer a travessia é no mínimo ridículo, até porque nós temos uma tarifa que é de 2012 para não falar da tarifa de cargas que é de 2006. Se nós formos ver a inflação acumulada e o aumento dos preços dos combustíveis temos sempre de fazer actualizações. É impossível manter os preços actualizados de 15 em 15 anos, não é um modelo sustentável”, avançou à Rádio de Cabo Verde (RCV).
“Estado deve apostar na coesão territorial”
Neste sentido, Jorge Maurício aponta que tem de haver um esforço da parte do Estado em injectar mais recursos na coesão territorial e garantir as linhas onde “não há qualquer tipo de rentabilidade”, mas acima de tudo “fazer sempre” algum ajuste em relação à tarifa.
No caso da linha Mindelo-Porto Novo, o preço de 800 escudos mantém-se, mas ao que tudo que indica não será por muito tempo.