A falta de água na zona de Alto de São Tomé, em Porto Novo, Santo Antão, chegou ao limite, dizem os moradores. Alguns, sem água na rede há três anos, dizem-se agastados com o problema e há quem fale que a situação é tão má que existem moradores a passar sede. A distribuição de água por autotanque tem criado constrangimentos, num momento em que os porto-novenses têm reclamado da falta de qualidade da água distribuída na cidade.
Em Alto de São Tomé há moradores há cerca de três anos sem água nas torneiras. Para colmatar a situação, a Câmara Municipal do Porto Novo passou a fazer a distribuição de água em autotanques, mas a solução tem se revelado constrangedora, segundo contou um dos moradores ao A Nação.
“No meu caso não tenho água na rede há três anos. Tenho comprado água no autotanque da Câmara Municipal, mas é a mesma coisa que não ter água. Tem sido constrangedor porque fico à espera de virem fazer o abastecimento e, na maioria das vezes, há atrasos”, reclama Maria.
Essa fonte avança que, nesse cenário, tem de ficar a “correr atrás do autotanque para implorar que me abasteça”. que diz-se agastada com a falta de água em Alto de São Tomé.
Moradores passam sede
Mas, a crise torna-se mais grave quando falta água para beber, segundo o morador Manuel. Até então, os moradores bebiam a água que chegava na rede, mas com a falta de água nas torneiras, tiveram de recorrer a água das lojas, por não confiar na higiene da água distribuída nos autotanques da câmara. Mas nem todos conseguem comprar.
“Para terem uma noção do quão grave é a situação, muitos moradores desta zona tem passado sede. Ninguém confia na água distribuída para beber e temos de ir comprar água nas lojas, o que fica mais caro”, especificou Manuel.
Descontentamento geral
Aliás, o descontentamento com a qualidade da água distribuída na cidade tem sido, nos últimos tempos, uma reclamação dos portonovenses que não têm confiado na água para beber.
Em Alto de São Tomé decorrem obras para resolver o problema de falta de água na rede. As obras estavam previstas para ficarem prontas em Dezembro, mas, até ao momento os moradores continuam sem nenhuma resposta e nem “ar” nas torneiras.
