A parlamentar da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) Zilda Oliveira afirmou que que o crime em Cabo Verde tem carácter social pelo que as medidas não se devem focar apenas na repressão. Defende ainda que os avultados investimentos no projecto Cidade Segura não surtiram o efeito desejado.
A deputada Zilda Oliveira, eleita nas listas da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) pelo círculo eleitoral de São Vicente, falava hoje em conferência de imprensa, no Mindelo, na antevisão da primeira sessão plenária de 2023, que principia na quarta-feira, 11, e que tem na agenda o debate com o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, a pedido do grupo parlamentar do PAICV (oposição).
Criminalidade a condicionar o direito “de ir e vir”
O debate com o ministro da Administração Interna é considerado pela deputada como o ponto alto da sessão.
Um debate que vai incidir sobre obre a situação de “criminalidade e insegurança” que se vive no País, “principalmente na Cidade da Praia”, o que, continuou a mesma fonte, está a “condicionar” a liberdade no exercício do direito de ir e vir e, “mais grave”, sintetizou, perdas de vidas humanas.
Zilda Oliveira afirma que além do investimento quantitativo e qualitativo na estrutura policial, as acções “devem ser igualmente preventivas”.
“Os casos de homicídio têm sido uma constante, ao lado de denúncias de assaltos e roubos” afirma a deputada, ressaltando que são por essas razões que a UCID continua a pedir mais recursos para a Polícia Judiciária e para a Polícia Nacional pois, advertiu, os crimes “aumentam de ano para ano” e “sem resposta, plano e estratégia” do Governo para pôr cobro à situação.
Cidade Segura sem resultados
Zilda lembrou, também, os “avultados investimentos” realizados no Projecto Cidade Segura, na cidade da Praia, não mostram “resultados” no combate à criminalidade.
Os deputados democratas cristãos vão votar a favor na votação final global das duas propostas de lei para votação final global, uma que procede à primeira alteração ao regime jurídico relativo às armas e suas munições, e a segunda que estabelece o regime jurídico do emprego público, define os princípios fundamentais da função pública, e bem assim o regime jurídico de constituição, modificação e extinção da relação jurídica de emprego público.
Em relação aos temas a serem votados, Zilda ressalta que mais importante do que a aprovação é a sua implementação efectiva.
C/ Inforpress