A Universidade Assane Seck de Ziguinchor, Senegal, acolhe nos dias 19 e 20 de Janeiro um simpósio internacional dedicado à figura de Amílcar Cabral, por ocasião dos 50 anos do seu assassinato, em Conakry.
De acordo com o jornal Bés Bi, participam no simpósio investigadores e intelectuais do Senegal e de vários outros países. Previstas estão cerca de 50 comunicações sobre os mais variados aspectos da personalidade do líder fundador do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“É preciso salientar que Amílcar Cabral continua a inspirar inúmeros africanos que o vêem como modelo de homem de Estado, que conseguiu conciliar a teoria à prática”, escreve o Bés Bi.
Este periódico salienta igualmente o contributo de Amílcar Cabral para a libertação de África como algo baseado no respeito à dignidade do homem negro, bem como “do papel incontornável da juventude no desenvolvimento do continente, o lugar determinante da mulher na estratégia do desenvolvimento dos países livres do jugo colonial e da cultura como pilar da reconstrução nacional”.
Nascido em Bafatá, Guiné, em 12 de Setembro de 1924, filho de pais cabo-verdianos, Amílcar Cabral foi assassinado na noite de 20 de Janeiro de 1973, no quadro de uma conspiração contra a sua liderança. Sete meses depois o PAIGC proclamaria a independência da República da Guiné-Bissau e em 1975 a de Cabo Verde.