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Nunca tantas crianças precisaram de ajuda humanitária, alerta UNICEF

O UNICEF lançou, em dezembro último, um apelo de financiamento de emergência no valor de 10,3 bilhões de dólares, para alcançar mais de 173 milhões de pessoas – incluindo 110 milhões de crianças e adolescentes – afetadas por crises humanitárias, pelos efeitos duradouros da pandemia de covid-19 e pela crescente ameaça de eventos climáticos severos impactados pelo clima.

“Hoje, há mais crianças e adolescentes precisando de assistência humanitária do que em qualquer outro momento da história recente”, disse a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell.

Em todo o mundo, conforme alertou, eles estão enfrentando uma mistura mortal de crises, desde conflitos e deslocamento até surtos de doenças e taxas crescentes de desnutrição.

“Enquanto isso, a mudança climática está piorando essas crises e desencadeando novas. É fundamental que tenhamos o apoio certo para alcançar meninas e meninos com uma ação humanitária decisiva e oportuna”, sublinhou Russell.

Combate à desnutrição grave

Entre conflitos, alterações climáticas e a pandemia, como parte de sua Ação Humanitária para Crianças, que estabelece o apelo da agência para 2023, o UNICEF planeja alcançar 8,2 milhões de crianças com tratamento para desnutrição aguda grave.

Ainda, almeja ter 28 milhões de crianças vacinadas contra o sarampo, 63,7 milhões de pessoas com acesso a água segura para beber e para as necessidades domésticas, 23,5 milhões de crianças, adolescentes e cuidadores com acesso à saúde mental e apoio psicossocial e 16,2 milhões de crianças, adolescentes e mulheres com acesso a intervenções de mitigação, prevenção e/ou resposta a riscos de violência baseada em gênero.

Consta ainda do seu plano de ação intervenções em canais seguros e acessíveis para denuncia de abuso e exploração sexual e em educação.

Os cinco principais apelos por solicitações de financiamento para 2023 são para o Afeganistão: US$ 1,65 bilhão, Ucrânia e Resposta a Refugiados: US$ 1,058 bilhão, Crise de Refugiados Sírios: US$ 867 milhões, República Democrática do Congo: US$ 862 milhões e Etiópia: US$ 674 milhões.

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