Os pescadores de Tarrafal de Monte Trigo, no Porto Novo, Santo Antão têm enfrentado problemas para conservar o pescado, devido a avaria na unidade de produção. Já são seis meses sem gelo local, obrigando os pescadores a recorrerem à cidade do Porto Novo ou a São Vicente para ter acesso a esse bem essencial para a actividade.
O alerta é dado pelo presidente da Associação dos Pescadores do Tarrafal de Monte Trigo, Isaías Pires, que pede “a quem de direito” para ajudar a classe a resolver o problema de conservação do pescado na comunidade piscatória, que dura há já seis meses.
A unidade de produção de gelo, inaugurada em 2015, deixou de funcionar e, insistentemente, os pescadores têm vindo a pedir a resolução do problema da conservação do pescado no Tarrafal de Monte Trigo, uma das principais zonas piscatórias da ilha de Santo Antão.
Longas distâncias para encontrar gelo
O líder da Associação dos Pescadores do Tarrafal de Monte Trigo informou que a classe tem recorrido às unidades de produção de gelo na cidade do Porto Novo, a cerca de 50 quilómetros, e em São Vicente, com todos os constrangimentos advenientes.
Nos últimos anos, a unidade de produção de gelo funcionou “com problemas”, produzindo apenas um terço da sua capacidade, mas há seis meses que deixou de operar para o desalento dos pescadores, avançou este responsável.
Governo ainda “está a trabalhar”
O Governo garante “estar a trabalhar” para instalar no Tarrafal de Monte Trigo um complexo de pesca, que, entre outras infra-estruturas, terá um cais e um entreposto de frio.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, durante a visita que efectuou em Junho a Tarrafal de Monte Trigo, anunciou a instalação do complexo de pesca na localidade, cujos estudos técnicos já estavam, nessa altura, em curso.
O chefe do Governo disse naquela ocasião que o Governo pretende fazer “uma aposta forte” nas pescas no Tarrafal de Monte Trigo, zona com “grande potencial” neste sector e onde se localiza um dos mais importantes bancos de pesca do País.
C/ Inforpress