O Índice de Consumo Essencial (ICE) de Dezembro, calculado pela Associação para Defesa do Consumidor – ADECO determinou que são preciso 21.008$00 actualmente para um cidadão viver em São Vicente. Isto traduz-se num aumento de 1,7% face ao valor registado em Novembro.
O custo de um cabaz de bens de consumo mínimo subiu para 21.008$00 neste mês de dezembro, o valor máximo registrado pelo Índice de Consumo Essencial- ICE, até agora.
Na prática, segundo a ADECO, o ICE sofreu um aumento de 1,7%. O que significa que dos 20.647$00 registados no mês de novembro, um adulto saudável residente em São Vicente vai precisar de mais 361$ para as suas necessidades básicas de alimentação, eletricidade, água, gás de cozinha, habitação e comunicação.
Aumento do défice de salário mínimo
Isto, segundo a ADECO, fez “aumentar”, ainda mais, o Défice do Salário Mínimo do Setor Privado, que agora é de -38,1%, e o Défice do Salário Mínimo do Sector Público para – 28,8%.
Um défice, como explica a associação, que nem o aumento salarial previsto para 2023 será capaz de compensar face ao aumento do custo de vida.
Isto, pelo facto do salário mínimo nacional, no valor de 13.000 escudos, e que será aumentado para 14.000, em 2023, estar situado abaixo, em 38,1%, do limiar mínimo de sobrevivência de um indivíduo saudável.
Mais pessoas em dificuldades
Assim, o valor de 21.008$00, do ICE de dezembro, deixa transparecer, segundo ADECO, que há mais pessoas com “imensas dificuldades”.
Pessoas que, conforme explica a ADECO, embora trabalhem e tenham rendimento, esse rendimento é, todavia, “insuficiente” para o consumo daquilo que é “essencial” para um indivíduo, quanto mais de uma família.
“Urge o ICE ser considerado na definição de salários no país sob pena da subvalorização do trabalho e criação de situações deficitárias de consumo que podem levar à insegurança alimentar, com todas as suas consequências”, apelam a ADECO.
Face à conjuntura e ao aumento do ICE , a associação chama atenção dos consumidores, aconselhando-os a terem maior controle dos seus gastos nesta quadra festiva.
Recorde-se que o Índice de Consumo Essencial é uma ferramenta desenvolvida pela ADECO, para explicar de forma “simples” o impacto do custo de um agregado de bens e serviços essenciais na vida dos consumidores.