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Desporto

Praia: Quatro atletas de andebol feminino do Seven Stars suspensas por alegada recusa ao controlo antidoping

A Organização Nacional Antidopagem (ONAD) decidiu aplicar uma suspensão de quatro anos a quatro atletas de andebol feminino do Seven Stars, da cidade da Praia, “por recusa ao controlo antidoping”. A posição foi contestada pela direcção do Seven Stars que vai recorrer nas instâncias desportivas e judiciais.

De acordo com o relatório final do processo disciplinar instaurado as atletas Carina Santos, Indira Gandy, Nádia Pereira e Rosângela Andrade, pela Organização Nacional Antidopagem (ONAD), as atletas em causa foram suspensas por quatro anos da competição por terem recusado serem submetidas a testes de controlo antidopagem, em Julho, após um jogo no pavilhão desportivo Vavá Duarte, na cidade da Praia.

A ONAD justifica a pena, em nota datada de 10 de Novembro de 2022, citada pela Inforpress, em como “ao recusar-se a submeter-se ao controlo de teste antidopagem após a notificação para o efeito” as atletas em causa agiram “de forma livre, voluntária e de forma ilícita, suscetível de configurar violação das normas antidopagem”.

Com esta sanção, a ONAD comunica as partes que durante esse período, isto é, os quatro anos, as atletas em causa “estão impossibilitadas de participar a qualquer título, em qualquer competição ou actividade, salvo participação em programas de educação antidopagem ou de reabilitação, autorizadas (…)”.

Direcção do Clube Juvenil Seven Stars contesta decisão

A direcção do Clube Juvenil Seven Stars anunciou, em comunicado assinado pelo presidente Francisco Livramento, que vai interpor um recurso a ser apresentado ao WADA Foundation Board e ao Tribunal da Comarca da Praia, denunciando situações que consideram gravíssimas.

O Seven Stars alega que as atletas penalizadas foram submetidas “a pressões psicológicas e sessões de terror”, por parte do próprio presidente da ONAD-CV, Emanuel Passos, e de “tentativa de aliciamento por parte dos técnicos” desta organização antidopagem para que denunciassem outros atletas que usassem substâncias proibidas em troca da redução de penas.

“Independentemente do processo de recurso em andamento, queremos afirmar que estamos perante um acto de puro revanchismo e sem precedentes na história do desporto cabo-verdiano”, lê-se na nota do Seven Stars, que acusa a ONAD-CV de aplicar uma sanção tremendamente exagerada e desproporcional, somente para mostrar serviços, “num desporto puramente amador”.

Outrossim, considera a direcção do Seven Stars que a ONAD-CV revelou “muita imaturidade e muito revanchismo” quando “as instituições desportivas requerem muita sensatez e ponderação na hora das decisões que podem afectar o desporto cabo-verdiano”.

C/ Inforpress

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