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Desporto

Federação Cabo-verdiana de Futebol manifesta “profunda tristeza” pelo falecimento de ‘Manuel di Beba’

A Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) manifestou, esta Segunda-feira, “profunda tristeza” pelo falecimento de Manuel Pires (Manuel di Beba), antigo futebolista e árbitro internacional cabo-verdiano, ocorrido, Domingo, na Cidade da Praia, aos 72 anos de idade, vítima de doença prolongada.

“É com profunda tristeza que a Federação Cabo-verdiana de Futebol tomou conhecimento do falecimento de Manuel Maria Pires, vítima de doença prolongada”, lamenta a FCF, recordando que Manuel Pires, também conhecido por” Manuel di Beba”, foi um antigo árbitro internacional tendo ainda jogado em clubes da região desportiva de Santiago Sul, como a Académica, Sporting e Travadores.

“Aos familiares, à Associação Regional de Futebol de Santiago Sul e a toda comunidade desportiva, a Federação Cabo-verdiana de Futebol apresenta as suas sinceras condolências. Que tenha um eterno descanso, Manuel Pires”,  finaliza a nota de pesar assinada pelo Presidente da FCF, Mário Semedo.

Funeral Quarta-feira, 19, pelas 16:00, no Cemitério da Várzea

Segundo fontes junto de familiares, citadas pela Inforpress, o funeral de Manuel di Beba terá lugar esta quarta-feira, 19, às 16:00 no Cemitério da Várzea.

A urna do malogrado sai da casa dos familiares em Achadinha/Bairro, às 15:00, para a cerimónia religiosa no salão paroquial do Bairro Craveiro Lopes.

Antigo futebolista e árbitro internacional cabo-verdiano

Manuel Maria Pires, popularmente conhecido por “Manel di Beba”, foi antigo futebolista e árbitro internacional cabo-verdiano e quadro reformado da Agência Cabo-verdiana de Notícias (Inforpress).

Além da Inforpress, a nível profissional, Manuel Pires está ainda ligado à história da imprensa cabo-verdiana, já que trabalhou como técnico, primeiramente como maquetista na Imprensa Nacional de Cabo Verde e, posteriormente, como compositor, técnico-gráfico em jornais como Voz di Povo, surgido após a independência em 1975, Novo Jornal, Jornal Horizonte.

Referenciado como um dos melhores árbitros cabo-verdianos da sua geração, Manuel Pires destacou-se primeiramente como futebolista, enquanto defesa central, tendo militado em clubes de Santiago como Académica da Praia, Sporting Clube da Praia e Clube Desportivo Travadores, entre outros.

Manel di Beba complementou a sua carreira de futebolista como árbitro internacional cabo-verdiano, com a elevação do nível da arbitragem destas ilhas nos mais diversos palcos internacionais da competição promovida, quer pela FIFA, quer pela CAF, bem como nas provas outrora organizadas para a Taça Amílcar Cabral, envolvendo países da Zona II do Conselho Superior dos Desportos em África.

Teve ainda um papel relevante na formação de muitos árbitros que acabaram por ter um papel fundamental na arbitragem cabo-verdiana.

Dotes no ténis de mesa, andebol, basquetebol, voleibol e atletismo

Para além de futebol, Manel di Beba revelou os seus dotes em outras modalidades, designadamente o ténis de mesa, como um “exímio praticante”, a ponto de ter sido considerado o melhor de Cabo Verde da sua geração.

Di Beba, como também era carinhosamente tratado, deixou ainda seu nome ligado a modalidades como andebol, basquetebol, voleibol e atletismo e esteve na constituição da Federação Cabo-verdiana de Andebol, Basquetebol e Voleibol, organismo do qual integrou a primeira equipa directiva, na altura presidida por Nildo Brazão.

Contributo para a criação do Comité Olímpico Cabo-verdiano

Tendo sido jogador e membro da Comissão Instaladora da Federação de Andebol, Basquetebol e Voleibol (FCABC), Manel de Beba também deu a sua contribuição para a criação do Comité Olímpico Cabo-verdiano (COC).

Assim, na condição de um dos dois vice-presidentes da primeira direcção da FCABC, presidida por Nildo Brazão, Bi Beba pôde acompanhar de perto todo o processo de criação e montagem do COC.

“Primeiro, foi um longo caminho até chegarmos à Federação. Só depois dessas peripécias é que veio o COC, conta Di Beba em depoimento dado ao livro “Movimento Olímpico Cabo-verdiano – 30 anos de história” editado pelo COC em 2018.

C/Inforpress

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