A realização de exames de urgência na Delegacia de Saúde da Brava, principalmente aos finais de semana, foi criticada este sábado, por um utente que apontou tempo de espera “excessivo” e ausência de um funcionário no laboratório.
Em declarações à Inforpress, Adalberto Martins contou que o seu filho, menor de três anos, se encontrava desde sexta-feira,23, com diarreia e vómitos, tendo procurado a enfermeira do Posto Sanitário da localidade de Furna, logo na sexta-feira. Entretanto, como o quadro continuou, dirigiu-se este sábado à delegacia de saúde a fim de obter um diagnóstico médico.
Segundo a mesma fonte, chegaram na delegacia por volta das 08h30 e foram atendidos pela equipa de enfermagem e pela médica de serviço que solicitou uma análise.
Contudo, como é final de semana, a funcionária do laboratório não se encontrava na delegacia, tendo a equipa de enfermagem e a médica de serviço tentado contactá-la, mas sem sucesso. A mesma só teria chegado ao posto, diz a mesma fonte, por volta das 12h.
Horas à espera
“Como é possível uma criança doente, com diarreia e vómito, sem comer, lhe é solicitada exames que segundo informações devem ser feitas em jejum e ela tem de aguardar tantas horas com o estômago vazio à espera da funcionária”, questionou Teixeira, avançando que por volta das 11h00 teve de dar algo de comer ao filho, pois este queixava-se de fome.
Adalberto Martins demonstrou-se “revoltado” com esta situação, pois, conforme sublinhou, há histórico de outros acontecimentos envolvendo a funcionária do laboratório, inclusive no caso do adolescente Djonny, paciente que faleceu no passado dia 01 de Agosto, após a sua transferência para o Hospital São Francisco de Assis.
Resolução
“Não é uma questão pessoal, mas sim uma situação que envolve a saúde pública e da população bravense”, justificou, avançando que, neste aspecto, nem culpa a funcionária, mas sim a delegacia, porque, segundo sublinhou, a mesma possui uma direcção para resolver situações do tipo.
“Pelas informações recolhidas a funcionária é adventista e no momento de urgência encontrava-se na igreja”, disse o utente sugerindo que a delegacia apresente outra solução, principalmente nos finais de semana.
A Inforpress tentou contactar o delegado de saúde, mas até agora não foi possível ter nenhuma informação da sua parte para esclarecer tal situação.
C/ Inforpress