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Putin vai mobilizar mais de 300 mil cidadãos para guerra na Ucrânia

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje,  numa mensagem dirigida à nação, uma “mobilização parcial” de 300 mil cidadãos do país, numa altura em que a guerra na Ucrânia está quase a chegar ao sétimo mês. Entretanto, a imprensa internacional avança que os russos estão a esgotar os voos para sair do país.

A medida, que entra de imediato em vigor, obedece à necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país, conforme sublinhou o Chefe de Estado russo, na mensagem transmitida pela televisão.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro, disse Putin, está pronta a utilizar “todos os meios” ao seu dispor para “se proteger”.

O anúncio de “mobilização parcial” dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia.

Seis mil soldados mortos

Por sua vez, o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, reconheceu, também, hoje a morte de quase seis mil soldados, desde o início da nova campanha militar russa na Ucrânia, no passado dia 24 de Fevereiro.

“Não posso deixar de mencionar as nossas perdas. A última vez que as mencionámos foi há muito tempo. As nossas perdas na operação especial totalizam 5.937 homens”, disse Shoigu à televisão pública russa, declarando ainda que se registaram 61.207 baixas mortais entre os efetivos do exército ucraniano.

“Sinal de desespero de Putin”, diz União Europeia

Adiplomacia da União Europeia (UE) considerou que a mobilização de reservistas anunciada esta quarta-feira pela Rússia e a realização de referendos de anexação de territórios ucranianos são um “sinal de desespero” do presidente russo, Vladimir Putin.

“O discurso do Presidente Putin e os anúncios que fez, tanto sobre estes referendos como sobre a mobilização parcial, são novas provas de que ele não está interessado na paz, que está interessado em escalar a sua guerra de agressão, o que é também mais um sinal do seu desespero com a forma como a sua agressão está a ir contra a Ucrânia”, reagiu o porta-voz principal da Comissão Europeia para os negócios estrangeiros e política de segurança, Peter Stano, durante uma conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.

Fuga de mais de 13 milhões de pessoas

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

c/ Agências

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