A Delegação do Ministério da Educação de Santa Catarina do Fogo aguarda, “com grande expectativa”, a recepção, ainda antes do início do Ano Lectivo 2022/2023, a Escola de Chã das Caldeiras, situada perto do ponto mais alto de Cabo Verde: o Pico do Fogo, onde fica o Vulcão do mesmo nome.
Enquanto isso, diversos outros estabelecimentos estão em reabilitação, no marco do projecto financiado por uma Organização Não-Governamental (ONG) Luxemburguesa.
Em Santa Catarina do Fogo, a Delegação está no processo de planificação do novo Ano Lectivo que começa a 19 de Setembro e que se augura ser “sem sobressaltos”.
A previsão é para mil 280 alunos – do Primeiro ao 12º anos de escolaridade -, orientados por 87 professores, dos quais 57 são do Ensino Básico Obrigatório e 30 do Ensino Secundário (antigo Liceu).
A Delegação espera receber, ainda antes do começo do Ano Lectivo, a Escola de Chã das Caldeiras, estando várias outras escolas em reabilitação, no âmbito do projecto financiado pela ONG Luxemburguesa, “Beetbuerg Helleft”.
Ainda sobre Chã das Caldeiras, o delegado do Ministério da Educação em Santa Catarina do Fogo, Osvaldo Rodrigues, indica que, devido ao número reduzido de alunos do Quinto e Sexto anos de escolaridade – num total de cinco e oito, respectivamente -, a escola continua a funcionar até o Quarto Ano.
“Os alunos do Quinto e do Sexto anos têm Transporte Escolar gratuito, para a Achada Furna para frequência das aulas diárias”, explica Osvaldo Rodrigues, assegurando que houve “um ligeiro aumento de alunos, sobretudo no Primeiro Ano de Escolaridade”.
Requalificação da Escola Básica de Cova Figueira
A requalificação da Escola Básica de Cova Figueira caminha num bom ritmo e visa criar “um ambiente favorável” ao processo de ensino-aprendizagem.
“A reabilitação das infraetruturas escolares enquadra-se num segundo pacote de financiamento assegurado pela ONG Luxemburguesa ‘Beetbuerg Helleft’ e pela Câmara Municipal de Santa Catarina do Fogo”, aponta Rodrigues, acrescentando que, além da Escola de Cova Figueira, estão em curso as de Figueira Pavão, Roçadas e Fonte Aleixo Sul.
De acordo com Osvaldo Rodrigues, numa parceria montada entre o Governo Central, a Câmara Municipal e outras entidades – nacionais e internacionais -, já se investiu mais de cem mil contos, na requalificação de escolas.
“O Governo, através do Ministério da Educação, continua a mobilizar recursos endógenos e junto dos parceiros nacionais e internacionais, com a finalidade de manter as escolas com as condições dignas de funcionamento, no âmbito do plano nacional de construção, reabilitação e ampliação da rede educativa”, avança.
Para o Ano Lectivo que começa a 19 de Setembro, Rodrigues prognostica que funcionarão “normalmente”, com forte aposta na formação e actualização dos professores.
“Vão ser implementados Centros de Educação à Distância (EAD) – em todos os concelhos -, para uma verdadeira gestão da formação, promovendo acções dirigidas às necessidades efectivas do sistema educativo e dos profissionais educativos, com uma estrutura de suporte da educação à distância, com recursos humanos encarregues de coordenar e operacionalizar a formação, tanto a nível central como local”, destaca o delegado Osvaldo Rodrigues.
O Ano Lectivo 2021/22 terminou – no dizer de Rodrigues -, “de forma tranquila, com resultado satisfatório”.
Ou seja: registou-se 86 por cento de aprovação no Ensino Básico Obrigatório e 76 no Ensino Secundário.
Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 784, de 08 de Setembro de 2022
