A actuação da cantora Soraia Ramos marcou o primeiro dia da 38ª edição do Festival da Baía das Gatas ao “prender” o público jovem, que cantou em coro e aclamou a artista do início ao fim. A artista, que subiu ao palco da Baía pela primeira vez, mostrou-se surpreendida com a energia do público, que classificou como um dos melhores de Cabo Verde.
Mal a jovem cantora subiu ao palco, o público desatou a correr à procura de um lugar mais próximo ou do melhor ângulo para ver a performance desta que era uma das artistas mais esperadas da noite.
Soraia Ramos retribuiu o entusiasmo com temas do seu repertório que fazem sucesso actualmente, desde o “Não dá Ah, Ah”, passando pelo “O Nosso amor” e “Bai”, até o seu último sucesso, “Bu ka bali nada”.
Um dos melhores públicos em Cabo Verde
“Foi uma actuação incrível”, descreveu Soraia Ramos ao falar da sua primeira actuação na Baía das Gatas, que, segundo a cantora, tem “um dos melhores públicos” em Cabo Verde.
“Sabia que o público de São Vicente era louco, mas não sabia que tinham tanta energia. É a minha primeira vez na Baía, como público e como artista, e foi uma honra representar Cabo Verde neste festival. Sem dúvida que foi um dos melhores públicos que eu tive em Cabo Verde”, disse a artista, citada pela Inforpress.
Música tradicional
Da ala masculina, Djosinha foi quem aqueceu o público com o seu carisma e espontaneidade, apesar dos seus 81 anos de idade e 70 de carreira.
O cantor, que encerrou o quarteto de vozes masculinas após uma viagem pela música tradicional, protagonizada por Toi Pinto, Jorge Sousa e Leonel Almeida, mostrou-se satisfeito por voltar à Baía das Gatas, dez anos depois da sua última actuação.
“É uma grande satisfação para mim cantar na Baía das Gatas depois de muitos anos, porque lembraram que estava a fazer precisamente 70 anos de carreira e que eu poderia ser convidado para estar hoje aqui. De forma que eu dei o meu ‘best’, a única coisa que eu poderia”, declarou
Ligeiro atraso
Aliás, a música tradicional cabo-verdiana foi o prato forte deste primeiro dia, ocupando cerca de três horas do festival, que arrancou com cerca de uma hora de atraso.
O toque de arranque aconteceu com a cantora Tchicau, a primeira do quarteto de mulheres previstas para dar o arranque.
A artista, que se estreou no festival, disse ter se sentido como se fosse uma rainha ao concretizar o sonho de cantar neste que é “um dos melhores festivais de Cabo Verde”.
Seguiu-se Aline Frederico, Carmen Silva e Cremilda Medina, com ritmos tradicionais e não só.
Quando faltavam 20 minutos para às 01h00 entrou Manú Lima e os Cabo Verde Show que lembraram temas que marcaram os anos 80, antes do festival ser encerrado com os rappers portugueses do grupo Wet Bed Gang.
Segundo a Inforpress, não há registos de ocorrências quer na Baía das Gatas, quer na estrada, de acordo com as autoridades.
Neste sábado, segundo dia do festival da Baía das Gatas, o público espera os artistas Ari Kueka, que abre, seguido de Ceuzany, Gai, Constantino Cardoso, Anísio, Nenny, Loony Johnson e por último Julinho KSD.
C/ Inforpress