A produção de manga no vale agrícola da Ribeira das Patas, Porto Novo, Santo Antão, foi “razoável” este ano, apesar da seca. Segundo a ADIRP, a mesma tem servido para amenizar as dificuldades da população.
O presidente da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas (ADIRP), Arlindo Delgado, garante que, além da seca, a ocorrência de ventos por altura da floração também condicionou a produção de mangas deste ano, mas que, mesmo assim, a produção foi “razoável”.
Ribeira das Patas, rica na produção de mangas e citrinos, é o vale agrícola mais afectado pela seca que fustiga Porto Novo nos últimos anos, já que a água destinada à agricultura vem apenas de nascentes, cujos caudais têm estado a reduzir, anualmente.
Amenizar dificuldades
Esse dirigente enaltece o facto de o cultivo de mangas estar a contribuir este ano para amenizar as dificuldades da população da Ribeira das Patas, por ser uma fonte de rendimento para “uma parte significativa de famílias”.
Pois, como diz, são “muitas famílias” que conseguem neste período do ano algum rendimento com a venda de manga, mesmo a um custo baixo, devido à falta de mercado.
Recorde-se que, devido ao embargo a que estão sujeitos os produtos agrícolas em Santo Antão, por causa da praga dos mil pés, o mercado para este produto restringe-se apenas às ilhas de Santo Antão e São Vicente.
C/Inforpress