Os trabalhadores do Instituto Nacional da Saúde Pública levaram hoje a cabo o primeiro dia da greve de dois dias, em protesto contra a não aprovação do Plano de Cargos Carreiras e Salários. De acordo com a SINTAP, a ação de luta vai continuar até conseguirem os seus direitos.
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) reafirmou hoje a disponibilidade dos trabalhadores do INSP em continuar a acção de luta para exigir e conseguir os seus direitos.
Segundo o secretário permanente do SINTAP, Luís Fortes, que falava durante o primeiro dia da greve de dois dias, os trabalhadores aguardam a referida aprovação há mais de oito meses.
“Esta greve foi decidida pelos trabalhadores porque há mais de oito anos que esta instituição [INSP] está sem os instrumentos de gestão. O conselho de administração deu conta de que os estatutos não estavam adequados a esta instituição desde 2020 e ainda não fizeram nada”, explicou o sindicalista.
Um ano de luta sem efeito
Luís Fortes lembrou que há ano e meio que os trabalhadores e o sindicato têm “andado atrás” do conselho de administração para ver a possibilidade da aprovação dos estatutos e do PCCS, mas até hoje nada.
“Vamos fazer uma análise do seu impacto e depois, caso não haja respostas positivas, nós, portanto, os trabalhadores, estamos decididos em continuar, ou seja, fazer uma nova greve, até conseguirem estes instrumentos, que são fundamentais”, avisou.
“Protesto legítimo” – ministro
Convidado a reagir sobre esta greve, o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, afirmou que o ministério está a acompanhar “com muita atenção” este “protesto legítimo”, apesar de todas as negociações que disse terem sido feitas entre as partes envolvidas.
“Estamos a trabalhar, eles sabem disso, não só o Ministério da Saúde, mas também a Administração Pública, os estatutos do INSP. Esperamos que em breve tenhamos já o quadro final, esse quadro final foi discutido e desde o início tem sido trabalhado com os trabalhadores”, reforçou.
A partir daí, com a aprovação dos estatutos, o ministro prometeu que irão avançar com o PCCS, pelo que considerou que está a seguir um processo normal, mas diz respeitar a decisão dos trabalhadores e que o ministério está aberto ao diálogo.
C/ Inforpress