O Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA) denunciou o atraso de mais de dois meses de salários na empresa Spencer Construções e Imobiliária (SCI). A empresa, entrando, nega.
O secretário permanente do SLTSA, Carlos Bartolomeu, explicou que se trata duma situação “recorrente” que os trabalhadores da SCI têm passado.
A mesma fonte considerou que esses trabalhadores estão a viver uma situação “difícil”, uma vez que têm compromisso sócio-financeiros por honrar com a família, menores em idade escolar, saúde, alimentação, e compromissos bancários.
Além desses trabalhadores, Carlos Bartolomeu enfatizou haver outro grupo de funcionários da mesma empresa que se encontra em situação de cessação de contratos, e o sindicato ameaça dar entrada em tribunais de processos judiciais contra a SCI.
Uma forma que segundo Carlos Bartolomeu encontrou para “tentar” reaver direitos destes trabalhadores, visto que, segundo o sindicalista, empresa quer pagar o que quer a esses trabalhadores.
“Trata-se duma empresa muito difícil e complicada, do ponto de vista de diálogo, sendo que, muitas vezes até tenta, mas, sempre com a sua posição resistente, de quero posso e mando”, alegou.
Por isso, o responsável do SLTSA alegou tem vindo a “chamar a atenção” do Governo de Cabo Verde para adotar uma “postura de fiscalização”, através das entidades com responsabilidades nesta matéria.
“Apelamos ao Governo de Cabo Verde, às câmaras municipais da ilha e não só, para reverem a forma, os contratos para a execução de obras no país, que têm vindo assinar com esta empresa, tendo em conta a forma como tem tratado os trabalhadores, com muita desumanidade e maus tratos”, lançou o repto.
Empresa nega dois meses de salários em atraso
Por sua vez, o responsável pela SCI, João Spencer, negou que a empresa esteja a dever dois meses de salários aos seus funcionários, explicando haver sim um atraso de 10 dias a um grupo específico, sendo que, conforme esclareceu, é a primeira vez que isso acontece.
O responsável garantiu, entretanto, que já na próxima semana contam resolver esse atraso.
Quanto ao grupo de trabalhadores com o qual a SCI vai cessar contrato de trabalho, a mesma fonte explicou que se trata de um grupo de carpinteiros e de outras actividades que de momento a empresa não tem tarefa para eles em Santo Antão.
“De acordo com a lei, tivemos um encontro com a Direçao-Geral do Trabalho para chegarmos a um acordo colectivo com esses funcionários, mas o grupo não concordou. Estamos a agir com o que está estipulado na lei”, pontuou.
C/ Inforpress
