O Primeiro-Ministro (PM), António Costa, ordenou a revogação do Despacho publicado, quarta-feira, que previa uma solução de dois aeroportos para substituir o “Humberto Delgado”, em Lisboa (a Capital de Portugal).
“O Primeiro-Ministro determinou ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação a revogação do Despacho ontem publicado sobre o Plano de Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa”, informou o Gabinete do PM, em Comunicado – citado pelo portal jn.pt -, acrescentado o PM “reafirma que a solução tem de ser negociada e consensualizada com a Oposição, em particular com o principal Partido da Oposição e, em circunstância alguma, sem a devida Informação prévia ao Senhor Presidente da República”.
O comunicado, que desautoriza Pedro Nuno Santos, que quarta-feira, 29, anunciara uma solução de dois aeroportos para substituir, a médio prazo, o Aeroporto de Lisboa, acrescenta que “compete ao Primeiro-Ministro garantir a unidade, credibilidade e colegialidade da Acção Governativa.”
Segundo o Comunicado, António Costa “procederá, assim que seja possível, à Audição do Líder do PSD que iniciará funções este fim de semana, para definir o procedimento adequado a uma Decisão Nacional, Política, Técnica, Ambiental e Economicamente Sustentada”, acolhendo as Críticas da Oposição.
Segundo o Ministério das Infra-Estruturas, o Plano passava por acelerar a Construção do Aeroporto do Montijo, uma Solução para responder ao aumento da procura em Lisboa, complementar ao Aeroporto “Humberto Delgado”, até à concretização do Aeroporto em Alcochete, que apontava para 2035.
Marcelo Rebelo de Sousa desconhecia “contornos concretos”
A solução dos dois aeroportos, que custaria perto de 6,6 mil milhões de Euros, não terá chegado ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que quarta-feira, no início da noite, dizia desconhecer os “contornos concretos” da Solução apresentada, recusando comentar sem ter mais Informação.
“Aquilo que sei, soube agora, é que há um Despacho do Senhor Secretário de Estado do Pelouro sobre a Matéria e, portanto, não estou em condições de estar a comentar o Despacho”, declarou o Chefe de Estado.
Da parte dos Partidos, também houve reacções contrárias à vontade demonstrada pelo Governo.